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Enviada em: 21/10/2018

O filósofo Immanuel Kant debate a ideia sobre dignidade, conceituan-do-a como condição intrínseca ao indivíduo. Entretanto, vê-se, no Brasil, um desacordo perante tal pensamento quando o assunto é a vida dos ido-sos. Visto que, tal grupo sofre uma violação de sua integridade física, moral e financeira causada pelo impacto dos abandonos por parte das famílias e do Estado. Nesse âmbito, faz-se necessário questionar como esse panora-ma social corrobora na situação de marginalização da terceira idade.       Em primeira análise, de acordo com Thomas Hobbes, o homem se con-figura como o lobo do próprio homem. Na esteira dessa perspectiva, o ser humano pode adotar comportamentos prejudiciais para seus semelhantes. De modo a ratificar a tese do teórico, percebe-se, no país, um descaso de muitos filhos quando seus pais atingem idades avançadas. Assim, por não estarem dispostos a viabilizar a estabilidade socioeconômica de seus anciões, alguns familiares os abandonam. Ademais, a carência de políticas públicas de humanização da população idosa respalda o problema.       Outro ponto relevante, nessa discussão, é a Constituição Federal. Se-gundo o Artigo 230 da lei máxima brasileira, é dever de todos zelar pelo bem-estar do idoso e o amparo deve ser executado, preferencialmente, em seus lares. Contudo, as pessoas de faixa etária elevada não estão inseri-das corretamente no organismo social, ao passo que, suas necessidades, como moradia e saúde, são infringidas. Essa discriminação vulnerabiliza os maiores de 60 anos e viola as diretrizes do Estado Democrático de Direito.       Urge, portanto, que a problemática seja combatida para a construção de uma nação que rompa com a visão hobbesiana. Logo, cabe ao Senado, com auxílio do Ministério da Justiça, vigiar e punir as pessoas que abando-narem idosos, por meio da criação de uma lei, a fim de amenizar esses atos. Outrossim, compete ao Ministério da Educação fomentar, nas esco-las, o respeito aos cidadãos mais antigos, mediante aulas de cunho social, com intuito de conceber empatia nas futuras gerações. Com essas iniciati-vas, espera-se atender os anseios de Kant e os preceitos da Carta Magna.