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Enviada em: 23/10/2018

Ao longo do seculo XX, com os avanços da medicina e a redução da natalidade, a proporção de idosos na sociedade aumentou e continua a aumentar. Contudo, essa parcela da população não é valorizada, sendo vista, por muitos jovens, como um estorvo. Por isso, cabe analisar os fatores econômicos e sociais para mudar esse quadro.  Primeiramente, é preciso analisar que a nossa sociedade, capitalista, enxerga os que não trabalham como um peso morto, que impede o progresso. E isso acaba por atingir os mais velhos. Pois, antes do advento da internet e suas ferramentas de pesquisa, os idosos eram vistos como uma enorme fonte de sabedoria, hoje, são entendidos por muitos, como um estorvo que só servem para consumir os recursos da previdência. Isso demonstra a "cegueira branca" que o escritor português José Saramago nos alertava em seu livro Ensaio Sobre a Cegueira, em que as pessoas estão cegas de empatia, nada importa fora delas.  Além disso, vale ressaltar que as cidades não estão preparadas para receber os anciões. E isso é preocupante, pois segundo o IBGE, atualmente estamos em uma fase de bônus demográfico, predominando a população entre 15 e 65 anos, que é a população economicamente ativa, que trabalho. Entretanto, as pessoas envelhecem, e a previsão para 2050 é que os idosos sejam cerca de 30% da população. Sendo assim, como a tendencia é o continuo crescimento dessa faixa demográfica, é preciso melhorar a estrutura das cidades, e o modo como os velhos são tratados. Pois, as cidades não apresentam estrutura acessível para, principalmente, aqueles que nesta fase da vida apresentam dificuldades de locomoção. Esse descaso representa bem como tratamos os mais velhos.  Percebe-se, portanto, que como a tendência natural, com o avanço da medicina, é o aumento da proporção de idosos na população brasileira, a valorização dos que muitos fizeram pela sociedade faz-se necessária. Para isso, é preciso que o governo federal, ministério das cidades e da educação façam, respectivamente, uma reforma na previdência de modo a diminuir as super aposentadorias de alguns, e aumentando dos que recebem pouco, garantindo que todos possam viver de modo digno e justo; aumentar a acessibilidade nas cidades e espaços públicos fazendo a manutenção das calçadas e rampas de acesso; e incluir os idosos de modo participativo na sociedade, como com os projetos de transmissão de conhecimento no qual os jovens são tutorados por um ancião para aprender algo. Desse modo, os nossos idosos serão mais valorizados pela sociedade e vistos, com olhos limpos, pelos jovens.