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Enviada em: 24/10/2018

A população idosa, no passado, era valorizada e vista como fonte de sabedoria. Hoje, porém, os idosos enfrentam obstáculos, seja pela desvalorização, seja pela ineficiência das políticas públicas. Diante disso, suscita-se ações mais efetivas tanto da mídia, quanto do Poder Público para mitigar tal problemática.   É preciso considerar, antes de tudo, o conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, na qual o individualismo é uma característica. Dentro desse contexto, a população não reconhece o valor do idoso para a sociedade, haja vista a existência de uma visão determinista, a qual classifica os mais velhos como inabilitados. Essa falha social, contudo, corrobora pra a sua exclusão e desrespeito, a exemplo das práticas intolerantes contra esse grupo. Por conseguinte, é preciso fortalecer o sentimento de coletividade e empatia.   Outro ponto relevante, nessa temática, é a ineficiência das políticas públicas para atender os idosos. Sob essa ótica, o Estatuto do Idoso possui a função de proteger tal segmento social, por meio da oferta de recursos. Entretanto, o Poder Público não cumpre o seu objetivo como fornecedor de direitos, uma vez que não garante o pleno acesso à saúde, à segurança e ao lazer, o que caracteriza um desrespeito contra os mais velhos. Esse cenário vai de encontro com o ''contrato social'' de Rousseau, pois o Estado não preza pelo bem-estar de todos os cidadãos.   Entende-se, portanto, os obstáculos enfrentados pelos idosos no Brasil. Para atenuar esse problema, é fundamental uma ação conjunta, na qual a mídia será responsável por disseminar informações sobre a importância da empatia e da coletividade para com os idosos, por meio de campanhas e programas, como o ''Panorama'', a fim de aumentar a valorização de tal grupo. Ademais, cabe ao Poder Executivo garantir o bem-estar dos mais velhos, por intermédio da oferta mais efetiva dos seus direitos, como saúde e lazer, no intuito de respeitar a lei. Assim, a valorização do idoso no passado fará parte do presente.