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Enviada em: 25/10/2018

Com os avanços na medicina, a expectativa de vida do ser humano tende a crescer cada vez mais. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse aumento é significativo e reflete no número de idosos que compõem sua população. Entretanto, mesmo com essa longevidade, o país apresenta muitas falhas no que diz respeito ao trato com a melhor idade, tanto no âmbito familiar quanto no espaço público, visto que é preciso lhes garantir qualidade de vida, visando suas necessidades físicas, psicológicas e legais.        Em primeira análise, cabe pontuar que apesar da existência do Estatuto do Idoso, que garante o direito a saúde de qualidade, alimentação e lazer, ainda é alarmante o grau de desvalorização sofrido pelos mais velhos, pois são colocados como elementos descartáveis da sociedade, devido às limitações físicas e psicológicas advindas da idade. Ainda que existam jovens defendendo a valorização do idoso, é preciso ir além da teoria e respeitá-los na prática do dia a dia. Além disso, há uma negligência do Poder Público, que propicia atendimento e acesso de má qualidade à saúde pública, com grande defasagem no fornecimento de medicamentos.        Ademais, convém frisar que os desafios para garantir qualidade de vida à terceira idade são principalmente causados pelo comportamento individualista e excludente dos indivíduos em seus diversos círculos sociais. Falta empatia e paciência para observar e perceber a necessidade do outro e as possibilidades de aprendizado e ensinamento que uma relação entre uma pessoa mais jovem e outra mais velha pode proporcionar. Ainda é preciso ressaltar que o mundo contemporâneo, informatizado e imediatista, opera em tempo diferente do deles, o que não facilita a convivência dos idosos em sociedade e contribui para uma sensação ainda maior de exclusão e inadequação. Portanto, medidas são necessárias para atenuar essa problemática. É imprescindível que o Governo, mediante projetos e investimentos, ofereça melhores condições de saúde, lazer e entretenimento, com o objetivo de garantir qualidade de vida a população idosa. As escolas e a mídia também devem ser responsáveis por difundir valores positivos em relação à terceira idade, mostrando que ao invés de ultrapassados, os idosos têm muita sabedoria e experiência para serem compartilhadas. Dessa forma, a interação entre todos os grupos etários será cada vez mais possível.