Materiais:
Enviada em: 05/02/2019

Ao se pensar a respeito da população idosa no Brasil, é possível afirmar que cada vez mais o país aumenta sua longevidade e diminui sua natalidade. Isso aponta para a necessidade de atenção à pirâmide etária, a qual irá se inverter em breve, com maior número de idosos, e à ampliação de serviços e cuidados para esse grupo de pessoas.   O primeiro fator a ser analisado em relação ao envelhecimento populacional brasileiro é que não é uma causa, mas sim uma consequência de diversos avanços sociais, como a ascensão da mulher frente ao mercado de trabalho, com as conquistas feministas do século XX, e os avanços da medicina geriátrica. Sem dúvidas uma sociedade com um maior número de idosos demandam mudanças nas atenções prioritárias de governo e sociedade em suas políticas públicas, agora, voltadas a esse público.      Outrossim, assim como afirma Montaigne, é necessário cuidados com a velhice, para que não se enrugue mais o espírito do que o rosto. Destarte, com o processo de envelhecimento, a incidência de doenças e a frequência ambulatorial é maior, logo, em um sistema de saúde já carente de oferta, as morbidades se farão ainda mais presentes em um cenário de aumento da população idosa. Ademais, o envelhecimento saudável passa pela plena integração social, onde devem ser garantidos direitos de mobilidade, acessibilidade, atividades físicas e culturais.      Portanto, o respeito à população idosa é mais do que um dever, o qual requer a consciência da sociedade e do Estado. Sendo assim, é necessário a criação de uma pasta específica dentro do Ministério da Cidadania para atenção única e exclusiva com a população idosa, com o o foco à garantia de uma saúde de qualidade, fiscalizando o atendimento pelo SUS, e onerando quando necessário, além disso podendo cobrar, a nível municipal, políticas de mobilidade e integração, visando reparar as lacunas atuais e prevenir as possíveis futuras.