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Enviada em: 10/02/2019

Na mitologia grega, o personagem Sísifo foi condenado pelos deuses a rolar uma pedra esférica ate o alto de uma montanha. Contudo, sempre que estava próximo de concluir seu objetivo, uma maldição fazia a pedra voltar e todo o esforço de Sísifo era perdido. De maneira análoga, na contemporaneidade, os idosos buscam usufruir seus direitos sociais, mas muitas dificuldades os impedem disso. Com efeito, o caminho para assegurar a dignidade humana aos idosos pressupõe cuidadosa análise acerca da negligência governamental e da condição de vida desses indivíduos.        Em primeira análise, o Estado é falho quanto à promoção de políticas públicas aos mais velhos. Historicamente, durante o Nazismo, as pessoas que não estivessem de acordo com um “padrão”, eram eliminadas da sociedade – entre essas estavam os idosos. Dessa forma, evidencia-se o retrocesso do Governo ao não promover melhorias sociais eficientes – como adequação nos espaços e transportes públicos. Com isso, observa-se a contradição brasileira, que se afirma como “democrática”, ao manter uma política social excludente.        Por outro lado, a necessidade de cuidados públicos justifica-se devido às condições físicas e mentais dos idosos. A esse respeito, conforme o médico Dráuzio Varella, o corpo humano é uma máquina feita para estar em constante movimento. Nesse viés, o sedentarismo não voluntario de maioria dos idosos acarreta várias doenças e limitações – o que requer cuidados, e, sobretudo, respeito pelo poder público. Logo, faz-se urgente que medidas sejam tomadas em relação a essa problemática.       Portanto, é obrigatório que o Brasil cumpra seu dever constitucional quanto à garantia dos direitos dos idosos. Para isso, o Ministério da Justiça deve – por meio de investimentos com verbas governamentais – criar um projeto, o qual, com a ajuda de profissionais, verifique nos municípios do território nacional possíveis inadequações nos espaços públicos. Essa ação deverá fiscalizar hospitais, calçadas ou até mesmo transportes públicos, a fim de promover a inclusão social dos mais velhos nesses ambientes. Assim, de forma análoga, a maldição de Sísifo será desfeita, e o objetivo de alcançar a inclusão social será conquistado.