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Enviada em: 11/03/2019

"Não ter respeito a alguns é procurar a universal destruição de todos".A frase do filósofo Antônio Vieira deixa nítida a ideia de que para um pleno desenvolvimento de uma nação cidadã, o respeito ao próximo é imprescindível. Contudo, no Brasil contemporâneo, a negligência e o desrespeito aos idosos é uma realidade nefasta, fruto de uma sociedade moderna individualista, com poucos recursos públicos que garantam o bem-estar aos mais velhos. Diante desse painel, o desalento da terceira idade já se configura como um dos maiores desafios da atualidade no país.                     Nos períodos mais antigos, os mais velhos das tribos indígenas eram os mais valorizados, cuja experiência e sabedoria deveriam ser respeitadas, e cabiam a eles a função de organizar e comandar toda a comunidade. Em pleno século XXI, apesar da existência do Estatuto do Idoso e de um grande contingente populacional acima dos 65 anos, é sabido que essa parcela da população é vítima de discriminação, principalmente por parte dos jovens, e vítima da carência de políticas públicas sociais, como disposição de geriatras em postos de saúde e ambientes seguros de convivência, que lhes garantam qualidade de vida. Dessa forma, fica evidente que o poder público e a sociedade negligenciam o cidadão longevo brasileiro, dificultando o efetivo cumprimento da cidadania por esse grupo.               Ademais, por apresentarem limitações físicas ou psicológicas, e não conseguirem acompanhar a dinamicidade do mundo moderno, os idosos acabam adquirindo uma imagem equivocada de inutilidade, e por conseguinte, sofrem com a reclusão da vida contemporânea, o que acarreta a segregação dos mais velhos e a diminuição de ambientes que lhes ofereçam a capacidade de se conectar com a sociedade e com diferentes faixas etárias presentes nela. Portanto, fere-se a Declaração dos Direitos Humanos e o próprio Estatuto do Idoso , que julgam como dever do Estado e da comunidade assegurar a esses indivíduos o direito à vida, à saúde, ao lazer, à cidadania e ao respeito na convivência social e familiar.          Logo, para que os idosos sejam significados no país, é indispensável que as prefeituras se comprometam com a construção de funcionamento de centros físicos de saúde, com profissionais qualificados e especializados na área de geriatria, oferecendo área destinada a esportes, meditações e terapias aos cidadãos maiores de 60 anos. Outrossim, também é importante que a família e toda a comunidade apoiem e sejam pacientes com os mais experientes, disponibilizando seu tempo para dar-lhes a devida assistência, á fim de que se sintam cada vez mais integrados à sociedade.