Materiais:
Enviada em: 28/03/2019

Segundo a Constituição Cidadã, ninguém deverá ser submetido à situação degradante ou sofrer tortura e nem sofrer discriminação de diferenças, entre elas a idade. Embora essas determinações estejam incluídas na categoria dos direitos fundamentais da Constituição Federal, os idosos brasileiros não têm tido seus direitos respeitados. Esse desrespeito à pessoa idosa é produtos de uma sociedade que marginaliza essa parcela da população, em razão do preconceito e da cultura de rejeição ao envelhecimento.      Em primeira análise, a discriminação contra a terceira idade é um importante fator para a sua segregação. Sabe-se que a velhice é uma das etapas do ciclo da vida, entretanto a juventude parece desconhecer que o envelhecer é um processo natural inevitável. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2031, a quantidade de idosos vai superar a de crianças e adolescentes de até 14 anos. Assim, ter preconceito contra os mais velhos é ter preconceito contra si mesmo no futuro.       Ainda, o culto à juventude em detrimento da valorização do envelhecer tem sua contribuição na discriminação do idoso. Na sociedade japonesa, as pessoas mais velhas são valorizadas e consideradas a essência da sabedoria. Do outro lado do mundo, o cenário é bem diferente. Segundo dados do Ministério dos direitos humanos, em 2017, foram contabilizadas mais de 33 mil denúncias de abusos e agressões contra idosos. De fato, esses dados alarmantes refletem o descaso com o idoso brasileiro.           Assim, para combater o desrespeito generalizado ao idoso, medidas devem ser tomadas. O Poder Legislativo deve criar leis que determinem punições mais rigorosas para quem pratica a violência contra o idoso. Dessa forma, os brasileiros de idade mais avançada poderão ser tratados com o cuidado e respeito que eles tanto merecem.