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Enviada em: 03/09/2019

O Brasil, em 2030, terá a quinta maior população de idosos do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde. Diante dessas informações, é de extrema necessidade a aplicação de políticas públicas eficientes para a valorização da terceira idade. Todavia, essa prática encontra-se subjugada, seja pela falta de infraestrutura, seja pela desordem das ações do Estado e da sociedade. Ademais, o preconceito para com essa classe ainda vigora na população contemporânea, fato esse, que acarreta a ampliação da problemática.             Em primeira análise, de acordo com os dados do IBGE, o número de idosos cresceu uma taxa de 18% nos últimos 5 anos, a saber, esses índices apresentam tendência de aumento progressivo ao longo dos anos. Diante do exposto, nota-se uma grande demanda de programas funcionais para contemplar essa numerosa classe, advinda de uma nova conjuntura demográfica. Entretanto, essa volumosa categoria encontra-se privada dos direitos garantidos no Estatuto do Idoso, dentre eles: saúde de qualidade, acessibilidade, lazer e proteção social. Nesse viés, decerto, é notório o descaso governamental, dado que, não atende as estruturas adequadas para a promoção do bem-estar dos longevos da sociedade.         Outrossim, segundo o sociólogo alemão Dahrendorf, em seu livro: “A lei e a ordem”, a contemporaneidade é marcada por um fenômeno descrito como anomia social. Percebe-se que o autor descreve um contexto de entropia civilizatória, isto é, tanto o governo quanto a sociedade convivem com a desregulamentação das leis, assim, as normas dirigentes dos comportamentos das pessoas perdem sua validade. Como resultado, a população mais duradoura enfrenta o preconceito, visto que, não conseguem a exigida adaptação no âmbito da Terceira Revolução Industrial, ou seja, são excluídos pela dinamização das relações sociais e financeiras.                 Em síntese, são necessárias medidas capazes de reverter esse quadro de desvalorização dos idosos no cenário brasileiro. Portanto, cabe ao Estado, promover melhorias nos sistemas de saúde e previdência social, visto que, são o cerne da problemática, por meio de investimentos públicos, arrecadado na forma de impostos, com o objetivo de assegurar direitos básicos e promover a inclusão dos citados. Além disso, assim como, instituições educacionais realizarem palestras, peças teatrais e debates públicos, por meio de encontros em bairros e em esferas públicas, com a finalidade de relatar a importância dos idosos na construção da identidade nacional, como forma de cessar o preconceito e extinguir a anomia descrita por Dahrendorf.