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Enviada em: 09/09/2019

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o país com maior número de casos de ansiedade. A ansiedade é um distúrbio mental caracterizado por preocupação excessiva ou expectativa apreensiva, fenômeno que ora nos beneficia ora nos prejudica, podendo tornar-se patológica, isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico e somático. Visto isso, é possível mencionar que o aumento da ansiedade na sociedade brasileira não pode ser negligenciado, caso contrário a sociedade sofrerá as consequências da falta de ações que visam lidar com o aumento desse problema psíquico.  A crise econômica somada ao estilo de vida traz consigo uma realidade constituinte de um desafio a ser resolvido, não somente pelos poderes públicos, mas também por toda sociedade. A priori, durante a Grande Depressão, grave crise econômica norte-americana ocorrida a partir da quebra da Bolsa de Valores de 1929, tornou-se comum relaciona-se crises financeiras ao aumento dos casos de transtorno psíquicos. Hodiernamente, no Brasil, a crise socioeconômica de 2014 gerou um efeito cascata, afetando o setor agropecuário, industrial e a oferta de serviços. Em consequência disso, as taxas de desemprego aumentaram causando uma preocupação excessiva, com dinheiro, família e a busca por novas fontes de renda.  Em segundo plano, cabe mencionar a estratificação da sociedade por meio de aspectos comportamentais, pode-se citar que no final do século XX, o filósofo Gilles Lipovetsky aborda sobre a “hipermodernidade”, afirmando que as pessoas cultuam o presente de forma acelerada e exagerada, influenciados devido a disseminação de informações provindas dos meios de comunicação de massa. Atualmente, é possível traçar um paralelo com a criação desse termo, visto que a exibição social, até mesmo, o grupo socio-afetivo na qual estamos inseridos, aumenta, de maneira significativa, os casos de distúrbios de ansiedade, Isso é intensificado devido á carência de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a lidar com a problemática, ensinando-lhe à respeito de saúde mental. Mediante a situação exposta, torna-se necessário, assegurar que medidas sejam aplicadas.  Portanto, o Ministério da Economia em parceria com o setor privado deve promover políticas econômicas para garantir a empregabilidade dos cidadãos por meio da redução de impostos visando o aumento dos números de microempreendedores individuais. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde - órgão responsável pela organização e elaboração de planos de políticas públicas voltadas para prevenção e assistência à saúde, reformular as diretrizes nacionais visando ao aumento do orçamento destinado ao tratamento de doenças psíquicas com o objetivo de ampliar os polos de atendimento de saúde mental, assim acrescentar novas opções de tratamento.