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Enviada em: 26/09/2017

O contínuo avanço da medicina associado à melhores condições de saneamento básico nas cidades, provocou o aumento da expectativa de vida. No Brasil, o resultado desse processo está sendo a transição da pirâmide demográfica com a redução do número de jovens e o aumento do número de idosos. Entretanto, essa nova realidade não aliou-se a melhores condições de bem-estar para os idosos, na medida em que há o sucateamento das políticas públicas e a desvalorização dos longevos por parte da família e da sociedade.        É indubitável que o Estatuto do Idoso, criado em 2003, assegurou todos os direitos dos idosos no Brasil. Sob essa perspectiva, é dever do Estado garantir o direito de ir e vir não só dos jovens, mas como também dos idosos, visto que, esses encontram limitações em seus movimentos ou em sua agilidade. Dessa forma, os buracos nas calçadas, a falta de rampas, os degraus altos nos ônibus são fatores que comprometem o pleno exercício desse direito. Logo, necessita-se de uma gestão pública eficiente, capaz de adaptar-se a essa nova realidade e facilitar a interação social dos idosos.     Ademais, um dos problemas enfrentados pelos idosos é o distanciamento da família e a estereotipação dos longevos na sociedade. Segundo análise de Émile Durkheim, os indivíduos necessitam-se sentir seguros e respaldados, e isso é oferecidos por instituições como a família. No entanto, muitas vezes, essa situação não ocorre, porquanto os longevos são vistos como ultrapassados tanto pela família, quanto pela sociedade. Isso fica claro em situações em que empresas destituem de um emprego o indivíduo de mais idade  por  não se enquadrar a tecnologia e em casos de humilhação por terem uma visão diferenciada dos demais.         Fica evidente, portanto, a negligência da gestão pública e a desvalorização  em relação ao idoso. Diante disso, cabe aos vereadores a função de melhorar a infraestrutura das cidades por meio da repavimentação das ruas com a construção de rampas em lugares de difícil acesso e a melhora das calçadas a fim de facilitar a locomoção dos indivíduos com mais idade na cidade. Cabe as ONGs em parceria com a mídia televisiva, por sua vez, a veiculação de ficções engajadas com a presença dos longevos em situações estereotipadas pela sociedade como em trabalhos comuns com o propósito de mitigar essa problemática. Assim, será possível se adequar a essa nova conjuntura e fomentar a valorização aos idosos.