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Enviada em: 22/09/2017

Devido ao aumento da expectativa de vida do ser humano, paralelo aos avanços da medicina, muito se discute  sobre a valorização do idoso na sociedade. Contudo, há uma visão limitada a respeito dessas pessoas, pois, geralmente, são associadas à inatividade ou incapacidade para a realização de tarefas. Dessa maneira, faz-se necessário dar outras perspectivas a respeito delas para além daquelas do dia a dia.       É importante, primeiramente, enfatizar as ações de desrespeito recorrentes no cotidiano. Nesse contexto, os idosos têm seus direitos ameaçados pela ignorância e falta de bom senso de alguns indivíduos. Isso porquê, rotineiramente, nos transportes públicos ou filas dos Bancos, há quem senta-se nos respectivos lugares destinados a aquele público e nega-se a cedê-los. Tal atitude reflete que muitas vezes não existe o raciocínio de que, futuramente, os jovens usufruirão dos direitos concernidos aos mais velhos e da necessidade de construir uma cultura respeitosa a partir de hoje.       Por outro lado, mesmo não tendo a saúde  da sua juventude, eles, que representam 10% da população brasileira, segundo o IBGE, precisam de ações no âmbito da inserção social. Em razão disso, o Governo Federal as realiza, sendo uma delas o Programa Vida Saudável gerenciado pelo Ministério dos Esportes, com o objetivo de proporcionar lazer, cultura e interação interpessoal ao público-alvo acima dos 60 anos. Um ponto importante do programa é a oposição em relação ao destino dado por muitas famílias: o asilo. Os números do Instituto de Pesquisa Economicamente Aplicada alertam que mais de 100 mil idosos vivem em casas geriátricas e, na maioria das vezes, esquecidos ou abandonados. Percebe-se, então, que políticas públicas já são realizadas, mas no âmago da sociedade ainda está impregnada uma visão determinista.      Com essas constatações, portanto, evidencia-se um certo preconceito, o qual limita e, até, impede o reconhecimento dos idosos perante sua capacidade e direitos. Assim, a mídia tem função fundamental na propagação das atividades oferecidas pelo Estado, a fim de orientar as famílias, redirecionar o encaminhamento deles e evitar o crescimento das casas de repouso. Ademais, cabe ao Ministério da Educação instituir a matéria dos Direitos Humanos a partir do 6º ano, nas escolas públicas, com o intuito de formar uma cultura mais humanizada no tocante ao respeito desde cedo. A longo prazo, outras medidas devem ser tomadas, mas como disse Oscar Wilde: "o primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação."