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Enviada em: 25/09/2017

“Quem não respeita os avós não tem memória nem futuro“, a frase do Papa Francisco chama atenção para um grande problema que se arrasta muito além das barreiras familiares: o descaso e a falta de paciência com os idosos. Infelizmente, o cenário de abandono e agressões assistido nos noticiários apenas confirma essa situação. Nota-se, portanto, que a tão importante valorização desses parece cada vez mais distante das preocupações contemporâneas.    Além disso, em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o sistema capitalista é um dos grandes responsáveis pelo estigma de inutilidade que acompanha o idoso. Visto que o ilustra como uma peça dispensável, que já não produz e dever ser ignorada. Isso é perfeitamente visível na quase nula demanda de empregos disponibilizados aos indivíduos com mais de 60 anos. Também é percebido no mercado, ao se notar um vácuo no comércio de entretenimento e itens de consumo voltados a esse grupo.            Ademais, o abandono dos idosos similarmente se destaca como uma das consequências de uma sociedade imediatista. A qual já não valoriza as concepções familiares que foram tão estimadas anteriormente. Há quem diga, no entanto, que os velhos são negligenciados pela própria estrutura do país, pois ela não está devidamente preparada para acompanhar o grande aumento de pessoas idosas nos últimos anos. Esses, apesar de certos, devem considerar a soma de exatos dois fatores para fundamentar melhor o caótico cenário atual.      Por conseguinte, para que a advertência do Papa Francisco não seja mais necessária, cabe ao CNDI (Conselho Nacional dos direitos dos idosos) trabalhar a relação deles com o mercado de trabalho, através de parcerias com empresas interessadas na causa, as quais abriram mais vagas voltadas a esse público. Quanto à mídia, fica a missão de desenvolver campanhas para alertar a população e o próprio governo do dever de assegurar melhores condições de vida aos idosos, através de comerciais de TV, novelas e anúncios em jornais e revistas.