Materiais:
Enviada em: 25/09/2017

Melhor idade?       No Brasil do século 21, aquela imagem do velho sentado na cadeira de balanço não se vê mais. No passado, uma pessoa de 60 anos era considerada velha, hoje, demonstram plenos sinais de juventude. Entretanto, dentro de alguns anos o país se tornará o sexto do mundo com maior número de idosos. Em vista disso, repensar sobre os direitos dos idosos é fundamental para preservá-los e evitar que essa faixa etária sofra discriminações.      Em uma primeira abordagem, verifica-se o não cumprimento de boa parte do estatuto que garante os direitos da terceira idade. De acordo com Alighieri, as leis existem, mas quem as aplica? Nesse sentido, percebe-se que entre a avançada legislação de proteção dos direitos dos idosos e a realidade, existe um grande abismo. Prova disso é a crescente violência no interior das famílias, de uma sociedade intolerante e de um Estado ineficiente em realizar as tão necessárias políticas públicas. Por conseguinte, muitos idosos são mal acolhidos em famílias que não tem condições de contratar um cuidador profissional para o serviço. Assim, aprimorar as leis nessa área é um dever irrefutável.    Segundo Aristóteles, o ser humano progride até os 50 anos. Em virtude disso, essa concepção distorcida da velhice fazia-o ver os idosos como pessoas diminuídas. Nesse segmento, muitas vezes os mais velhos são discriminados pelos mais jovens no Brasil. Prova disso são os motoristas que seguem em frente quando algum idoso dá sinal para que o ônibus pare ou quando é jogado no chão no momento de desembarque. Além disso, essas atitudes danosas tem consequências significativas sobre a saúde mental dos longevos, como o risco de depressão e o isolamento. Dessa forma, deve parar de comportar como se a velhice não existisse e começar a mudar os atos simples do cotidiano.   Fica evidente, portanto, que a persistência da desvalorização do idoso no Brasil é fruto do descumprimento do Estatuto do Idoso e do descaso com os idosos. Com o propósito de reduzir esse problema social, cabe o Ministério Público instaurar sindicâncias, por meio de medidas judiciais cabíveis, a fim de apurar infrações às normas de proteção ao idoso para assegurar o respeito aos seus direitos como pessoa. Ademais, as escolas, em parceria com a comunidade, deve promover a conscientização social em relação ao assunto, por intermédio de palestras, que reúnam os avós dos alunos a fim de que eles falem um pouco como é ser idoso hoje em dia, para que, desde cedo, eles aprendam a respeitar as diferenças. Só assim as pessoas não sentirão falta na velhice do respeito que não praticam hoje.