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Enviada em: 09/10/2017

Os estudos realizados por homens como Robert Hooke, Antonie Leewenhoek e Louis Pasteur foram fundamentais ao avanço das ciências naturais, bem como à concepção de um mundo microscópico e do funcionamento celular. Resultam desses trabalhos acadêmicos o desenvolvimento de antibióticos e de vacinas, evento responsável por alterar, de forma significativa, os indicadores demográficos de países que passaram pela revolução industrial. Somados à urbanização notada, no Brasil, a partir do segundo cinquentenário do século XX, esses avanços medicinais contribuíram para o aumento da expectativa de vida e, com efeito, para o envelhecimento populacional, o que torna necessário analisar as questões relacionadas aos idosos.        Primariamente, é válido apontar para o fato de que um dos principais desafios a serem enfrentados diz respeito aos sistemas de saúde público e privados. Em função do caráter recente do aumento da população idosa, não há, no Brasil, estruturas físicas e mercadológicas adequadas ao atendimento dessa classe. Como corolário, a camada ascendente da população encontra dificuldades ao buscar por tratamentos médicos e por assistências fisioterápicas, que são essenciais ao bem-viver.        De modo complementar, é necessário destacar que há, em âmbitos governamental, empresarial e pessoal, falta de cuidados para com os mais velhos.  À luz do que indica o jornal Hora 1, são majoritárias as denúncias dos crimes de negligência para com o idoso, de violência psicológica e de fraudes financeiras ou patrimoniais. Com efeito, é notório que a população de terceira idade, ao contrário do que exigem os artigos 3° e 4° do Estatuto do Idoso, carece de atenção familiar e de mecanismos estatais e privados que facilitem o acesso a ambientes diversos e a realização de denúncias em caso de crimes de abuso.        Em síntese, fica claro que os principais desafios impostos aos idosos, no Brasil, têm profunda relação com o não acesso a sistemas de saúde especializados e com a inexistência de mecanismos capazes de lhes dar autonomia. Desse modo, cabe ao Poder Público, unido aos setor privado, promover estudos que identifiquem as necessidades médicas da população idosa e, com isso, investir capital na adequação dos hospitais a essas necessidades. Outrossim, visando a minimizar a negligência, são vitais a criação de serviços governamentais especializados em atendimento ao idoso, o que permitirá a eles denunciar crimes de forma rápida e prática, e a mobilização familiar em prol do fornecimento de assistência financeira e emocional aos mais velhos. Por essas vias, a evolução das instituições nacionais será dada de modo condizente com as modificações sociais verificadas na revolução demográfica iniciada no século XX.