Enviada em: 25/10/2017

Na cultura indígena os anciãos são enaltecidos pela grande sabedoria e experiência. Entretanto, fora desse contexto, apesar de apresentarem as mesmas qualidades, os idosos não são plenamente valorizados. Percebe-se que o impasse é causado por questões políticas e educacionais.    Antes de tudo, é possível inferir que há um descaso governamental com a terceira idade. De fato, os anciãos são considerados uma despesa com pouca importância. Uma ilustração disso é que os idosos foram uma das principais categorias que tiveram os direitos questionados com a crise econômica brasileira de 2017. Isso porque investir nessa faixa etária tem baixo impacto eleitoral, uma vez que os mais velhos votam opcionalmente.    Ademais, é perceptível que a mídia idealiza negativamente os anciãos. Sem dúvidas, os idosos são representados majoritariamente em papéis secundários como se não tivessem a capacidade de protagonizar histórias atraentes. Isso ocorre devido ao fato de os meios de comunicação prezarem pela audiência em detrimento da função social de conscientização. Por conseguinte, a terceira idade fica com a ideia equivocada de inutilidade, visto que como afirma Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele.    Fica claro, portanto, que a desvalorização da terceira idade é motivada por fatores governamentais e morais. Para reverter tal cenário, é preciso que a mídia produza obras engajadas por meio de novelas nas quais mostrem com destaque os altos e baixos dos mais velhos com o propósito deles se sentirem úteis. Além dos meios de comunicação, é necessário que ONGs pressionem o governo com campanhas na internet para que os idosos não percam seus direitos. Assim, poderíamos assimilar o valor indígena de enaltecer os anciãos.