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Enviada em: 06/04/2018

Na Matemática, conjunto pode ser definido como a reunião de inúmeros elementos. De modo análogo, a sociedade é composta por indivíduos de diferentes idades, entretanto, o idoso - que há séculos era visto como símbolo de sabedoria e experiência por diversas tribos indígenas e africanas - na pós-modernidade enfrenta inúmeros impasses, principalmente no que se refere a sua valorização e autonomia. Assim, muitos são discriminados por não serem economicamente ativos e/ou necessitarem de alguns cuidados especiais além de serem um dos principais afetados pela falta de infraestrutura urbana.       Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o número de idosos no Brasil tende a crescer nos próximos anos, principalmente em virtude dos avanços medicinais. Nesse contexto, é válido ressaltar que, embora tenha sido criado, em 2003, o Estatuto do Idoso - responsável por assegurar os direitos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos - tal grupo ainda sofre com a discriminação exercida, em sua maioria, por parte dos jovens. Desse modo, é necessário que medidas socioeducativas efetivas sejam aplicadas com o intuito de promover o respeito para com esse grupo.         Acerca da falta de infraestrutura nas cidades, um dos grandes problemas são os acessos precários com má iluminação e calçadas esburacadas que dificultam a mobilidade e autonomia do idoso. Todavia, não é apenas o deslocamento a pé que oferece riscos aos idosos. Quando se trata de veículos coletivos, a altura elevada do piso e a frenagem brusca do veículo gera insegurança e risco de queda a esses indivíduos. Nesse sentido, a falta de investimentos na manutenção de cidades e no setor de transportes dificulta ainda mais que o idoso tenha autonomia  sobre si próprio e se sinta parte da sociedade.         Em vista do exposto, fica claro que para integrar o idoso na sociedade devem ocorrer mudanças tanto a níveis socioculturais quanto a níveis infraestruturais. Para que isso aconteça, as escolas, em parceria com a mídia, devem elaborar cartilhas e campanhas que difundem valores positivos acerca da terceira idade, de modo a desmistificar a ideia de que idosos são ultrapassados e mostrar que eles têm muita sabedoria e experiência para compartilhar com os mais jovens. Aliado a isso, as prefeituras, em parceria com o Ministério do Transporte, devem investir em calçadas com pisos mais baixos e livres de obstáculos, de modo a diminuir as quedas de idosos.Por fim, também  é preciso que o embarque em transportes coletivos seja facilitado por meio de pontos específicos de elevação para esse fim. Desse modo, a interação e integração dos diferentes grupos etários será mais efetiva.