Materiais:
Enviada em: 30/04/2018

Problema de berço       O Brasil é uma ex-colônia portuguesa, portanto, durante a maior parte de sua história foi submetido a uma política imperialista, que impunha padrões eurocêntricos e governantes cujo principal interesse não estava ligado a população local, mas sim a métropole. Portanto, a influência de tal período na sociedade brasileira é a dissociação entre os interesses do indíviduo e do Estado e por consequência, do papel do indíviduo na constituição da ética nacional.       Em primeiro lugar, tal situação é problemática por minar a confiança do população no fazer político e até mesmo nas relações interpessoais. Visto que, por julgar os governantes corruptos e autocentrados, a política não é tida como uma ferramenta de mudança social e um meio de atingir o bem comum, dessa forma o exercício da cidadania não é levado a sério, o que é prejudicial para a democracia. Além disso, no cotidiano do brasileiro paira uma permanente desconfiança em relação ao outro, visto a opinião negativa que se tem sobre a ética nacional e consequentemente, sobre a moral dos outros.        Entretanto, o que impede esse impasse de ser solucionado é o fato da noção sobre a ética nacional representar um já estabelecido lugar comum. Logo, o indíviduo desde o início de sua socialização é condicionado a acreditar que ele e sua família são exceções em relação a ética nacional. Pois, dado a influência eurocêntrica na formação do país, a população local foi levada a crer na sua condição de inferior em relação a Europa e consequentemente na inferioridade de todos os brasileiros. Porém, dada a condição humana a opinião que perdura é que na comparação entre brasileiro, o "eu" sempre se sobresai.        Enfim, para que o Brasil se desvincule do seu passado colonial e o indíviduo consiga perceber seu papel na formação da ética nacional, medidas devem ser tomadas. Portanto, o Ministério da Educação, por meio de um decreto, deve estabelecer palestras semestrais sobre ética nacional, nas escolas estaduais e municipais, no intuito de atingir os alunos de todas as faixas etárias e conscientizar a população a longo. Além disso, iniciativas civis como ONGs devem fazer uso de locais públicos para disponibilizar eventos sobre orgulho nacional, na tentativa de desvincular o país do eurocêntrismo.