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Enviada em: 20/05/2018

No contexto do Primeiro Reinado brasileiro, Dom Pedro I mostrou-se dramaticamente absolutista e odiado pela camada menos favorecida de nosso país, por deter todo o poder em suas mãos e ferir a igualdade de direitos da população. Nesse viés, a supracitada realidade do século XIX possui raízes nos dias hodiernos no que tange a ética dos governantes e dos civis, a qual apresenta desencadeamento nos processos capitalistas, no consumo exacerbado e na cegueira do individualismo.     Em primeira análise, é mister a compreensão de que a racionalização das atividades antrópicas esboça a ignorância por lucratividade. Dessa forma, a livre concorrência constitui importante função na formação moral dos indivíduos com sede de capital, o que leva empresários, professores, políticos e trabalhadores informais a aceitarem qualquer condição sujeita ao ganho fácil de dinheiro. Contudo, todas essas atividades antiéticas parecem normais aos brasileiros, a ponto de deixarem de lado o ceticismo e constituírem uma restrita visão de mundo. Com isso, torna-se indiscutível a escassez de pessoas que não colocam a honestidade em detrimento da integridade social.     Ademais, não há como negar que o senso comum vem sendo compartilhado por muitos cidadãos. Em decorrência disso, escândalos de corrupção na política são considerados como ato máximo de delito contra a moral da sociedade, no entanto, grande parte dos indivíduos comuns também realizam pequenas infrações corriqueiramente, mesmo que em menor escala. Assim, deve-se atenção a todas as atividades que corroem os valores do nosso corpo social, como a desonestidade, a subordinação e o preconceito. Nada disso, porém, seria tão prejudicial se o ideário ético nacional fosse reformulado.    Fica clara, portanto, a primordialidade de políticas que estimulem e apoiem a formação educacional com respaldo na ética e na moral. Para tal objetivo, as escolas, com apoio do Ministério da Educação, precisam desenvolver debates sobre temas diversos, os quais envolvam atitudes com boas e más ações, a fim de estimular o senso crítico dos estudantes e os ensinar a distinguir e avaliar o que deve ser cultivado nas relações sociais. Em consonância, a mídia deve conscientizar os brasileiros sobre as consequências do consumo impulsivo, além de relacionar a prática às situações de moralidade por meio de novelas, propagandas e das redes sociais, para que se construa uma história que, pela primeira vez, foi diferente em tantos anos no Brasil.