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Enviada em: 20/10/2018

O conceito de Democracia cresceu paralelo ao de liberdade desde a antiga Grécia; apesar de antônimos até então, foi durante meados do século XVIII que os conceitos se cruzam, nascendo o regime que hoje prospera pelo globo: a democracia liberal. Dada a situação política enfrentada pelo Brasil nos últimos anos, esse sistema parece entrar em um estado de crise, já que é sabido que o processo de corrupção institucionalizado no país desgasta severamente a manutenção do status quo; esse desgaste é intensificado pelo fato de muitos cidadãos se mostrarem estáticos ao presenciar a situação da nação.  Posto isso, a minimização do interesse e participação políticos surgem como consequência do problema, contribuindo para a extensão desse. Uma certa vez o filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé disse: "o interessante na democracia não é a questão do voto, mas o fato dela limitar o poder". Os governantes nada mais são do que servidores da população; se o descaso e desdém dos cidadãos imperam para com o sistema, a situação abre margem para que os representantes -que no sentido literal da palavra, deveriam nos representar- façam aquilo que quiserem.  Assim como a descrença no sistema político -e até mesmo na democracia. As cidades estão descontroladas: violência em todos os lugares, hospitais sem funcionamento, estradas em condições precárias, os preços elevados, etc. Os filhos da mãe gentil, apesar dos obstáculos, ainda sobrevivem; entretanto, para que a ordem e o controle sejam instaurados, muitas pessoas estão dispostas a sacrificar a sua liberdade perante o sistema, se isso acompanhar a promessa de que, ao sair de casa para a rua, nada aconteça consigo. A crença em sistemas autoritários passa a ser um problema a se enfrentar. Portanto, medidas devem ser tomadas para mitigar a situação. Faz-se necessário o levante do ideal participativo na vida política, por meio de ONG's e movimentos sociais, que faça com que a população aja, dentro das regras impostas, em seu benefício -cobrando dos políticos e punindo corruptos. Cabe ao Estado realizar a manutenção adequada do sistema, por meio de políticas de assistência à população -tais como econômica, social, segurança- fazendo jus ao seu papel conciliador. Aristóteles dizia que as virtudes são adquiridas pelo hábito; o Estado não terá o reconhecimento que merece, sem que faça por onde. Isso se inicia com o indivíduo.