Enviada em: 02/10/2017

A sociedade brasileira vem enfrentando um grande dilema desde a desestruturação do Império para a construção de uma República: a corrupção. Ato desonesto que não se restringe somente ao território brasileiro, mas também a outras partes do mundo, vem mostrando que a corrupção é algo pertencente ao indivíduo independente de sua localidade.      A passagem do Império para a República fez com que a sociedade modificasse o modo de viver, mas principalmente o de pensar.A Primeira República era oligárquica -governo na direção de poucos- o que facilitava a fratura na ética e na moral, fraturas essas geradas pelo poder. O coronelismo, que é uma das marcas da época, demonstrava o quão corrupto as pessoas eram em virtude do sistema que muitas vezes se aliava a corrupção para conseguir o êxito, onde os opositores eram castigados, servindo de exemplo aos que aspiravam uma mudança. O golpe da década de 30 e o golpe  que gerou a ditadura militar, apontam para o que muitos temiam: a corrupção se instalou não somente na política, mas sim na sociedade.      Há falha nos sistemas eleitorais, onde as eleições são indiretas (as quais são proibidas por lei), há fraudes em empresas onde funcionários desviam bens, há problemas a família quando um parente pede ajuda ao outro para mentir ao seu favor, tudo isso gerado pela ruptura na ética e na moral. Valores que segundo sociólogos são de extrema necessidade para a construção de um ambiente de legalidade, em que princípios morais e éticos aprendidos são absorvidos e aplicados em uma sociedade, a fim de que esta cresça saudável e sem defeitos no caráter como afirmava Immanuel Kant em que se não puder falar, não faça.      Por tudo isso, é de grande importância o combate a corrupção na nossa sociedade, independente do grau ou de quem esteja praticando-a, seja um idoso, seja um jovem ,ora um aluno, ora um presidente. A família sem uma das principais instituições de convívio deve orientar os indivíduos a seguir os princípios éticos e morais, servindo-se de exemplo, para que as crianças aprendam sobre os desvios de condutas e seus possíveis resultados. O governo poderia fortalecer os meios que fiscalizam as corrupções, para que os infratores sejam condenados e respondam por seus devidos delitos, mantendo assim, a ordem. As instituições de ensino conhecendo o seu papel influenciador, poderia fornecer palestras, debates, fornecer material para conversações com o intuito de formar cidadãos conscientes e com valores éticos e morais inabaláveis.