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Enviada em: 12/05/2019

O Calvinismo, movimento religioso iniciado em Genebra no século XVI, acreditava que o trabalho era responsável pela construção da dignidade humana e, com a ascensão social por meio dele, era um sinal de predestinação ao paraíso. Hodiernamente, apesar das ideias propagadas, é fato que o trabalho não influencia na construção da dignidade humana e o excesso dele prejudica uma civilização.   A princípio, é fato que a ideia de que o trabalho dignifica o homem foi imposta para gerar mais lucro. Na Inglaterra, a partir do século XVIII,  os grandes proprietários das indústrias começaram a propagar a ideia de dignificação por meio do trabalho para, assim, gerar mais lucro e de acordo com Karl Marx manter a exploração do proletário. Dessa maneira, os trabalhadores, ainda submissos, encontram dificuldade em atingir a igualdade social, pois, os proletariados trabalham muito para ganhar pouco.   Além disso, a ideia de que o trabalho forma uma pessoa melhor pode manter sistemas de escravidão. O filósofo Montaigne afirmou que o trabalho não deve ser realizado em excesso, pois prejudica o ser humano, entretanto, há muitos cidadãos que usam a ideia de que trabalhar muito dignifica o indivíduo para manter sistemas escravistas, principalmente no interior  de grandes cidades, ignorando a lei áurea de 1888 e desrespeitando os direitos humanos, consequentemente, ferindo os indivíduos que estão nessa situação.    Portanto, é mister que o Estado resolva esse impasse. O Estado Executivo deve instruir os policiais civis para fiscalizar, em cidades do interior, o tipo de trabalho realizado e punir, com a ajuda do Estado Judiciário, os indivíduos que desrespeitam a lei de 1888. Ademais, para atingir a igualdade social, deve-se aumentar a renda dos trabalhadores por meio da amplificação do salário mínimo. Diante desse cenário, os trabalhadores serão mais beneficiados e equiparados com todos os indivíduos, dessa maneira, a sociedade será melhor e a ideia de dignificação pelo trabalho não será mais um problema.