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Enviada em: 01/09/2019

Na atualidade, estamos cercados de clichês que dizem que "o trabalho enobrece o homem”. Se, de fato, o dogma estabelecido é aquele que afirma que precisamos estudar, entrar em uma boa universidade e conseguir um bom emprego, deveríamos acreditar nessas máximas. Entretanto, as circunstâncias ditam, por vezes, o contrário, e nem sempre o trabalho é capaz de construir a dignidade humana sozinho.   Primeiramente, é necessário analisar como existem, não só na sociedade contemporânea, mas ao longo da história, casos constantes de negação do trabalho na edificação dessa dignidade. Durante séculos, a escravidão foi uma realidade em todo o mundo, e no Brasil ela se perpetuou por muito tempo. Ademais, com a Lei Áurea, assinada em 1888, ao qual o ser humano estava sob seu inicio de plena liberdade, de onde viam de uma jornada sofrida, remetida por dor, desamparo e escuridão, porém ainda é percebido que essa liberdade não é totalmente livre, pois é possível notar que existem pessoas sendo tratadas como objetos, o que pode comprometer para com os direitos humanos.    Incontestavelmente, na falta de uma educação de base de qualidade, aqueles menos abastados têm pouca ou nenhuma chance de alcançar o ensino superior e, então, lutar por um bom emprego. Dessa forma, muitos optam por caminhos alternativos, como o trabalho irregular e, muitas vezes, o crime, para sobreviver, ao qual pela sociedade são impostos rótulos, onde o ter em mento do ser é a regra a ser seguida, e muitos são valorizados mais pela conta bancária do que por méritos de caráter. Sob esse contexto nota-se a visão da acarreção de valores a serem relativamente percebidos sobre os horizontes, onde a dignidade deva ser transmitida com o tempo, onde sua formação vem do pó para que mais tarde seja algo engrandecedor.   Fica evidente, portanto, a necessidade de entendermos que os valores passados à sociedade são circunstanciais. Se as universidades já são boas, o governo precisa, então, investir em educação pública de base, para que membros de todas as classes sociais possam ter acesso a oportunidades de maneira igual, e que assim pudessem crescer tanto mentalmente quanto socialmente. Além disso, rótulos superficiais precisam ser derrubados, pois passam impressões errôneas e perigosas. A meritocracia pode e deve vir como fruto do trabalho, e é o caminho mais justo a ser seguido, a dignidade deve cobrir as sombras das minorias e sobressair o caráter que existe em cada ser humano, de forma que seja vista a verdadeira valorização de cada indivíduo.