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Enviada em: 17/10/2018

Desde o advento da Revolução Técnico-científico-informacional no final do século XX, a sociedade é desafiada a lidar com mudanças e adaptações. Hodiernamente, tal desafio revela-se na necessidade de superar os problemas gerados pela integração e convívio no meio virtual, que continua a permear a convivência cidadã, devido à perpetuação de uma cultura em rede e à falta de fiscalização sobre os conteúdos publicados. Diante disso, é preciso conhecer os diversos estigmas desse problema, na propensão de solucioná-lo.   Em primeira análise, sob a ótica sociológica, a mudança de hábito em razão à incorporação do direito ao acesso à internet como fundamental ao ser humano, possibilitou a expansão dos meios de comunicação e fontes de pesquisas. Entretanto, essa nova realidade trouxe aspectos negativos para o convívio social físico, pois, há aqueles que  consideram as relações sociais como menos importantes que as virtuais. Assim, uma pesquisa realizada  pelo Ibope Mídia mostra que os brasileiros gastam um quinto do seu tempo on-line, logo, a sociedade torna-se a principal vítima se suas próprias condutas.     Ademais, em um segundo plano, o aumento de crimes no mundo digital possui estreita relação com à ausência de fiscalização sobre os conteúdos compartilhados. Isso porque a falta de regulamentação acerca do que é difundido no meio virtual, gera um sensação de impunidade, culminando, dessa forma, para o bullying cibernético, e até mesmo a divulgação de notícias falsas. Nesse contexto, o Brocardo latino afirma que a impunidade leva a delinquência, apontando, destarte, para o avigoramento de leis que punam os crimes virtuais.   Torna-se evidente, portanto, que a cultura em rede, consonante à falta de fiscalização sobre os conteúdos publicados, são os principais vetores da problemática. A fim de que haja a imprescindível superação desse panorama, faz-se necessário que o Governo por meio do Ministério Publico invista na qualificação de profissionais capazes de detectar e localizar os infratores cibernéticos, aplicando punições cabíveis de acordo com a lei, no intuito de corrigir esse flagelo contemporâneo. Além disso, cabe a mídia buscar maior informatividade e postura crítica da população, ao divulgar projetos que alertem os usuários a verificar autenticidade das notícias antes de compartilhá-las, e os malefícios que as mesmas trazem para o meio social. Agindo dessa maneira, na tentativa de encontrar uma solução eficaz tangente aos dramas encarados no convívio virtual.