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Enviada em: 16/03/2019

O filme americano "The Bling Ring" de Sofia Coppola, mostra o poder das redes na vida cotidiana visto que, possibilitou a localização e enquadramento de jovens que postavam seus furtos em mídias sociais. Dessa forma, é nítido depreender que as atuais dinâmicas sociais se dão por uma conexão de usuários online. Contudo, entraves ainda são encontrados quando fala-se de viver em rede no século XXI, cabe destacar, pois, o vazamento de fotos íntimas e a superexposição de crianças.        Mormente, é imprescindível destacar a reiteração de fotos íntimas em redes sociais, sem o consentimento prévio do indivíduo. Ações sociais devem visar o bem comum, afirma o filósofo Aristóteles. Entretanto, a praxe desse pensamento não é posto em vigor na contemporaneidade uma vez que, muitas vezes, motivados por sentimentos de vingança, há o compartilhamento de fotos pessoais de ex-parceiros na web. Para tanto, foi criada a Lei Carolina Dieckmann, atriz que sofreu com essa problemática de estar em rede. Assim, o bem comum proposto não é atingido e sim, um constrangimento da vítima frente à exposição.          Outrossim, a superexposição de crianças nas mídias digitais também é um entrave. Segundo o filósofo Feuerbach, a lógica da sociedade depende do contexto hodierno. Destarte, devido aos pais estarem vivenciando um contexto com intenso compartilhamento de dados, imagens de seus filhos que antes ficavam restritas a um círculo privado são compartilhadas massivamente na web. Em um primeiro momento, cabe ressaltar que pela ausência do consentimento infantil, tais imagens podem provocar um um constrangimento futuro. Ademais, em casos mais graves, há a veiculação dessas informações em sites de pornografia infantil haja vista que, o canal de atendimento Safernet registrou, nos últimos 11 anos, mais de um milhão de denúncias de sites com essa infração.             Fica claro, portanto, que viver em rede no século XXI possui grandes entraves. Cabe ao Poder Legislativo propor uma lei, em âmbito federal, que garanta o acompanhamento por psicólogos do Sistema Único de Saúde, àqueles que sofreram com a exposição de fotos vazadas nas redes a fim de garantir o apoio profissional frente à situação de constrangimento. Também, os Governos Municipais e Estaduais devem, por meio de vias midiáticas, veicular campanhas de conscientização para os pais acerca da exposição de seus filhos na web, com tal medida é garantida a integridade infantil e o fim da veiculação em sites ilícitos. Assim, a problemática será minimizada.