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Enviada em: 22/07/2019

Sob a perspectiva histórica, a igreja utilizava-se da premissa de que deus observava constantemente os indivíduos para indissociar as esferas da vida pública e privada. Por esse viés, os avanços sociais e tecnológicos da contemporaneidade mediatizaram palcos globais onde os indivíduos podem compartilhar suas vidas, no entanto essa modernização das relações comunitárias abre brechas para a superexposição. A partir disso, observa-se que políticas públicas educativas virtuais são medidas preteríveis frente à problemática.     A priori, o sociólogo Zygmunt Bauman infere, em sua obra "Tempos Líquidos, que o excesso de liberdade oferecido pelas redes sociais assenta seus usuários a um quadro de exteriorização pessoal danosa. Nesse sentido, as inserções de dados pessoais como, por exemplo, compartilhamento de localização e permissões ao acesso de documentos dos dipositivos configuram uma superexposição que vulnerabiliza o indivíduo. Dessa maneira, a mistura entre o comunitário e o pessoal caracteriza-se como uma solubilização moderna e perigosa.       Ademais, segundo a uma pesquisa de 2017 do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense, 74% dos encarcerados pelo delito de sequestro estudaram suas vítimas pelas redes sociais. Por esse ângulo, elucida-se que a ultra exposição disponibiliza aos criminosos informações para realizar atentados à vida humana. Dessa forma, não é razoável que o tecido social esteja exposto a essas violações sem medidas de seguridade.          Portanto, diante dos fatos supracitados, é dever do Estado fomentar políticas públicas educacionais sobre a utilização da internet para a segurança de seus cidadãos. Sendo assim, compete ao Ministério da Educação a elaboração e execução de uma campanha nacional nas redes sociais e na mídia televisiva com propagandas que informem sobre os riscos de publicizar a vida particular nos espaços virtuais para a população, por intermédio de investimentos orçamentários em publicidade. Desse modo, busca-se ensinar sobre os limites entre o público e privado na rede para uma maior seguridade da conjuntura social.