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Enviada em: 11/08/2017

Após o fim da guerra fria e a consolidação do capitalismo no mundo, teve início o fenômeno da globalização, que, através dos avanços tecnológicos e do advento da internet, possibilitou uma maior integração entre as pessoas, fazendo com que os indivíduos passassem cada vez mais tempo nas redes sociais, um dos grandes frutos da internet, que possibilita a rápida troca de informações de qualquer tipo com qualquer pessoa. Com a constante exposição dos indivíduos nas redes, muitas vezes a troca de informações ultrapassa limites entre o que é público e o que é privado, gerando a questão controversa, será mesmo que existe tal fronteira?  A internet pode ser considerada como uma ferramenta de expansão da interação humana, como é defendido por Pierre Lévy. Sob essa ótica, as redes encurtam distâncias e ainda possibilitam a aproximação entre pessoas que nunca se conheceriam de outra maneira. Porém, provocam por vezes uma super-exposição devido ao compartilhamento não pensado de conteúdo, sustentado pela falsa sensação de intimidade proporcionada pela internet, podendo gerar constrangimentos e incômodos por parte do autor e do leitor de algumas postagens.  Além disso, a segurança nas redes tem se tornado uma das maiores questões quanto ao seu uso excessivo, já que não é difícil cair em golpes, ser enganado por perfis falsos, entre outros. Nesse aspecto, a exposição de dados, torna-se uma ameaça à integridade física, moral e financeira dos usuários, já que na realidade, nunca se sabe com quem se está lidando. Além disso, muitas informações compartilhadas sem bom senso por parte do usuário, podem gerar constrangimentos e incômodos aos outros.  Entretanto, os perfis das redes sociais não deveriam servir de base para julgar alguém, como tem se tornado prática de alguns processos seletivos de empregos, em que candidatos tem sido desconsiderados por aspectos de sua vida privada que compartilham nas redes e que nada tem a ver com sua capacidade e perfil profissionais.   Por tudo isso, é preciso que os usuários criem uma maior consciência sobre seus posts e sobre o fato de que um indivíduo é muito mais do que posta na internet, ação que poderia ser incentivada nas próprias redes por outros usuários e campanhas publicitárias. Além disso, a preocupação com a segurança online, existir por parte do governo, fornecendo um sistema de segurança público e divulgando instruções que ensinem a população a se proteger. Dessa forma, a internet, direito fundamental defendido pela ONU, poderá ser de fato , usada pela humanidade como uma forma de integrar-se cada vez mais no cyberespaço de Pierre Lévy.