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Enviada em: 24/08/2017

Facebook. Twitter. Whatswapp. Essas são só algumas das milhares de redes sociais cada vez mais presentes no cotidiano do homem contemporâneo. Entretanto, com o aumento crescente da dependência frente ao mundo virtual e a aparente liberdade fornecida pelo anonimato, a problemática se instala, o homem moderno parece perder a capacidade de distinção entre o exclusivo e aquilo que deve ser compartilhado.   No filme "Ela" do diretor Spike Jonge, o escritor solitário, Theodore, acaba se envolvendo em uma relação amorosa com o sistema operacional do seu celular. Fora da ficção, embora de maneira menos exagerada, o Brasileiro se vê cada vez mais dependente da tecnologia a sua volta. De acordo com um pesquisa realizada pela revista Terra, no Brasil, cerca de 20% do tempo já e destinado às redes sociais, evidenciando a forma como a tecnologia está cada vez mais presente no nosso cotidiano. Entretanto, será que o brasileiro está preparado para a exposição que essa dependência pode acarretar ?     Porquanto, aliada à maior participação no meio virtual, o discernimento entre o privado e o que deve ser exposto parece ter se perdido. Não é incomum, ao observarmos as redes sociais, pessoas que compartilham cada etapa do seu dia a dia expondo sua rotina de modo negligente. Prova dessa crescente exposição no meio virtual, é o aumento do número de denúncias de compartilhamentos de fotos intimas, denúncias contra o fenômeno do "sexting" dobraram no Brasil entre os anos de 2013 e 2014. Esses acontecimentos são só alguns exemplos da maneira como o ser humano contemporâneo de expõe de maneira indevida no ambiente virtual.    Ademais, crimes que violem o direito à privacidade na internet não possuem a devida atenção, sendo que muitas vezes o acusado sai impune, ou o julgamento nem ocorre por for falta de agentes públicos. De acordo com o escritor Paulo Coelho " o caminho tecnológico é sem volta", dessa forma depreende-se que a ineficiência das leis que regem o meio virtual é um problema que demanda solução imediata.      Destarte, medidas são necessárias para solucionar o impasse, o Ministério das Comunicações deve criar cartilhas e palestras a serem distribuídas para a população, além disso a discussão deve ser tratada em âmbito nacional, sendo levada à progamas públicos, como o sessão de rádio "a Hora do Brasil", visando ampliar a consciência da população sobre a forma correta de se usar as redes sociais .Aliado a isso o governo deve buscar parcerias com a OAB, para que o número de defensores públicos possa atender a demanda de julgamentos de tais casos. Por fim, pode-se discutir a criação de uma emenda constitucional que puna mais severamente crimes ligados a quebra de privacidade on-line. Só assim, os direitos básicos de todos podem ser garantidos.