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Enviada em: 03/08/2018

No fim do século XIX, com o suposto fim da escravidão, o Brasil recebeu um grande contingente de imigrantes, vindos da Europa e Ásia. Brasileiros de elite, preocupados com uma possível mestiçagem nesse território, atraí-ram povos estrangeiros de etnia branca para compor a população, evidenci-ando um preconceito arrastado ao longo dos séculos. Hodiernamente, ainda paira sobre esse país um conceito deturpado do imigrante, especialmente daquele que "foge" do tom de pele branco, manifesto em atitudes xenofóbicas por populares e na falta de planejamento e estruturação por parte do Estado.     Primeiramente, é preciso entender como esse preconceito se perpetua no contexto desse país. Isso ocorre devido à concepção de superioridade do brasileiro frente a povos julgados menos desenvolvidos, modo de pensar esse proveniente de heranças históricas ainda atuantes. Isso posto, há casos de um tratamento de imigrantes de origens não europeias de maneira adversa, com episódios de preconceito e violência.      Não obstante, observa-se uma dificuldade por parte do governo brasileiro em lidar com imigrantes. Isso é observável no exemplo formulação da lei para a regulamentação da situação desses estrangeiros somente em 2017, demonstrando, então, falta de atenção para com a problemática. Por consequência, o refúgio aqui procurado por esses emigrados é insuficiente, corroborando para que esses continuem vivendo em condições de precaridade, insegurança e marginalidade muitas vezes análogas às vividas em seu país de origem.    Portanto, é indubitável que a imigração deve ser considerada como uma problemática a ser resolvida. Para tanto, seria ideal criar uma comissão de assessoria parlamentar especializada, composta por profissionais das re-lações internacionais, assistência social e direito e licenciaturas, para que esses possam aconselhar e tutorar em formulação de leis pelo Poder Legislativo, bem como propor e aconselhar atitudes governamentais e campanhas de conscientização para o direito do refugiado.