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Enviada em: 27/07/2017

O movimento imigratório faz parte da história nacional. Desde os tempos coloniais até os dias de hoje, levas de imigrantes chegam ao país por motivos sociais, políticos, culturais e econômicos. Dados do Ministério da Justiça apontam que entre 2010 e 2011 houve um aumento de 500 mil estrangeiros vivendo regularmente no país, o que evidencia o forte fluxo imigratório para a nação durante este século. O que pode não ser benéfico, se não for bem administrado, para a pátria, pois tal movimento acarreta dificuldades socioeconômicas para o país. Uma das economias mais fortes da região, o Brasil é destino de muitos trabalhadores latino-americanos com destaque para os cubanos, bolivianos, haitianos e recentemente, venezuelanos. Mas, o país não consegue garantir a toda essa população migrante a maioria dos seus direitos. Assim, muitos, em especial, os bolivianos acabam por trabalhar em condições análogas à escravidão, principalmente, na indústria têxtil. Os cubanos configuram um tipo diferenciado de imigração. Boa parte veio para o Brasil devido o programa Mais Médicos , custeado pelo Estado. O intuito era unir a excelência da medicina cubana com o déficit de médicos no interior do país, o Governo até promoveu o ensino da língua portuguesa e da cultura brasileira aos trabalhadores. Porém, a classe médica brasileira se opôs a esse projeto o que gerou desconforto aos imigrantes. Desde 2016, quando se agravou a situação de violência na Venezuela, o Brasil vem recebendo contingentes de imigrantes, muitos, ilegais. Grande parcela vive em condições miseráveis e de exclusão social, principalmente, em Boa Vista (RR) e Manaus (AM). À margem da sociedade, esses venezuelanos acabam no mundo das drogas, prostituição e violência gerando graves problemas sociais a serem combatidos. Logo, a fim de que a questão da falta de direitos aos migrantes possa ser minimizada, é necessário que o Ministério do Trabalho e o Ministério da Justiça, juntamente com as respectivas secretarias, promovam ações e políticas públicas de integração dos estrangeiros ao mercado de trabalho da melhor maneira possível. Também é viável operações de fiscalização contra o trabalho análogo à escravidão. Para que o problema da marginalização social seja solucionado, é preciso que haja parcerias entre o Governo e ONG's para a promoção de assistencialismo social e garantia de acesso aos serviços básicos como saúde e educação. Com a implantação de tais medidas, as dificuldades socioeconômicas impostas pelo movimento imigratório serão contidas.