Já afirmava Claude Lévi-Strauss: "O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele", nessa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo, a empáfia em contrapartida a empatia. O Brasil colonial tem suas raízes no trabalho de imigrantes, sejam esses escravos, ou europeus. Dessa forma, surge a problemática do movimento migratório, persistindo, ligado intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela ausência de um amparo estatal, seja pela lenta mudança na mentalidade social. É indubitável que o desamparo governamental seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para Aristóteles, a política por intermédio da justiça deveria corroborar para a harmonia social e individual. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que, se o governo não providenciar ajuda humanitária aos imigrantes, esses continuaram em uma situação deplorável. Não obstante, pelo egocentrismo do país soberano, pessoas morrem de fome, de doenças, de guerras. Outrossim, a lenta mudança na mentalidade social atrela-se ao paradoxo. Durkheim definia o fato social como um acontecimento coercivo, generalizado e que se repetia ao longo dos anos. Nesse contexto, ainda se tem a realidade que o imigrante é o escravo, que o patriarca do país é o soberano, ideologias de uma sociedade escravocrata vigorante em uma nação de outrora. Todavia, os casos de xenofobia e preconceito sucedessem atualmente. Infere-se, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O Poder Legislativo deve criar uma Legislação que auxilie o imigrante, controlando casos de xenofobia. Em conjunção, o Poder Executivo deve controlar o acesso ao Brasil, impedindo parcialmente casos em que os imigrantes ocupem lugares brasileiros no mercado de trabalho ,por exemplo. Contudo, o mesmo poder deve conscientizar a sociedade brasileira sobre empatia, destruindo a ideologia arcaica do imigrante ser visto como escravo de outrora. Desse modo, paulatinamente, o fato social terá seu fim, concomitante ao alcance do equilíbrio aristotélico.