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Enviada em: 03/11/2017

Lar Gonçalviano.           A imigração para o Brasil enfrenta uma forte tempestade. Ela navega em águas turbulentas por questões econômicas e estruturais. E agora, José? Agora, cabe ratificar Nelson Mandela, ou seja, inspirar a esperança onde há o desespero.          Primeiro, o país recebeu destaque internacional por resistir à crise de 2008 que ampliou a pobreza no mundo. Conforme o IPEA, somente em 2012, o Brasil retirou mais de três milhões de pessoas do pauperismo. Desse modo, ele se tornou uma referência para os fluxos migratórios por melhores condições de vida. Portanto, houve um incremento notório das taxas de imigração como não se via desde os primeiros anos da república.         Segundo, a grande demanda imigratória revelou a insuficiência da estrutura governamental para acolher os estrangeiros. Nesse âmbito, o imigrante torna-se vulnerável à ilegalidade, fome, desabrigo, desemprego, violência e ao tratamento desumano, isto é, ao caos urbano-social. Portanto, a situação caótica do estado do Acre representa a condição crítica da imigração no Brasil.            Logo, conduzir a nau é a esperança para que não haja naufrágio. Para tal, a União deve criar os núcleos de imigração, por meio da colaboração dos consulados, nas capitais do país para atuarem na legalização, estadia, orientação e na intermediação de mão de obra, a fim de garantir a dignidade para aqueles que buscam fazer o seu novo lar na terra das palmeiras. Ademais, a Pastoral do Migrante pode estimular a boa receptividade para os estrangeiros, por meio de propagandas em parceria com artistas, visando ao tratamento humanitário e respeitoso.