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Enviada em: 24/05/2018

Com a necessidade de reduzir consideravelmente a alta taxa de mortalidade no trânsito devido ao excesso de consumo do álcool, em 2008, a Lei Seca foi implantada o Brasil. Desde então, houve uma redução no número de acidentes no trânsito causados pela ingestão de bebida alcóolica, e pôde-se notar, também, que o brasileiro passou a dar mais atenção à problemática acerca do consumo de álcool antes de dirigir. No entanto, a preocupação em torno disso ficou mais na teoria do que na prática, pois o Brasil segue sendo um dos países com a maior taxa de mortalidade no trânsito no mundo, tendo a combinação de bebida e volante como um dos principais motivos para tal, o que mostra a necessidade de maior rigidez e abrangência na aplicação da lei no país.          Em primeiro lugar, é importante pontuar que a lei 1705/08 tem, sim, ajudado muito na conscientização acerca do assunto. Segundo o Ministério da Saúde, a atual redução de óbitos por acidente de trânsito está relacionada à efetividade de ações promovidas pela aplicação da Lei Seca. Prova disso é a clara mudança de hábitos do brasileiro diante das penalizações que a lei trouxe, como as multas e o tempo de reclusão, caso seja comprovada a embriaguez por meio dos bafômetros, o que impediu muitas catástrofes no tráfego. Sendo assim, é importante que haja persistência nesse caminho para a redução de acidentes no trânsito dentro do contexto, pois o país necessita de mais segurança nas ruas e estradas.       Entretanto, de acordo com um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ainda ocupa a quinta posição entre os países recordistas de mortes no trânsito, e a ingestão de bebidas alcóolicas aparece com um percentual considerável entre as causas, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal. Além disso, de acordo com o mesmo relatório da OMS, os jovens condutores recém-habilitados estão mais propícios às colisões causadas por excesso de álcool no sangue do que condutores mais velhos e experientes. Portanto, percebe-se a carência de uma educação mais assertiva e abrangente para com os motoristas iniciantes.       Torna-se evidente, então, a importância de medidas mais rígidas e atenciosas para aperfeiçoar a aplicação da Lei Seca no Brasil. Desta forma, é essencial que o Governo Federal, em conjunto com o Poder Legislativo, reforce a obrigatoriedade de alertas em bares e restaurantes sobre as consequências da posse do volante sob o efeito do álcool, a fim de que mais pessoas façam a escolha correta na hora do consumo. É importante, também, que as auto-escolas trabalhem bastante com essa problemática,  por meio de campanhas em suas páginas nas redes sociais e palestras nos locais de estudo, para evitar que motoristas iniciantes não comecem com o pé esquerdo e tenham mais responsabilidade.