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Enviada em: 19/07/2018

De um lado, a implementação da Lei Seca no Brasil em 2008. De outro, a posição quinta entre os recordistas em mortes no trânsito sete anos depois, de acordo com o Relatório Global de Segurança Viária da Organização Mundial da Saúde. Eis o cenário dicotômico experienciado pelos cidadãos da Pátria Amada. Nesse contexto, fica evidente que os esforços governamentais de alterar tal panorama não atingem toda a população. Seja por problemas funcionais ou por um comportamento social canarinho enraizado de transgressão das leis, as sutis alterações dos dados refletem o estorvo enfrentado pelos poderes da União de executar, cabalmente, tal deliberação       Em primeira análise, percebe-se a indubitável importância de uma lei reguladora a respeito da combinação entre álcool e a condução. Isso porque as bebidas alcoólicas, antes do projeto, eram responsáveis por 30% dos acidentes de trânsito, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Decerto, essa diretriz desenvolveu a fiscalização necessária para, a partir de blitzes e dispositivos de apoio - como o bafômetro -, reduzir o número de motoristas embriagados no volante. Prova disso é a redução de 34% no número de acidentes e mortes no tráfego no Rio de Janeiro. Dessa forma, fica claro seus reflexos e sua fundamentalidade no que tange à sociedade tupiniquim.       Em segunda instância, conclui-se que a Lei Seca ainda não atua de forma plena. Tal cenário advém, seguindo o pensamento do escritor italiano Vincenzo Cuoco de que "sem instrução, as melhores leis tornam-se inúteis", da carência de projetos de conscientização paralelos às sanções impostas aos infratores. Essa situação inibe a mudança da idiossincrasia do cidadão, e, por conseguinte, a possibilidade de resolver tal adversidade. Ademais, o "jeitinho brasileiro" obstaculiza o sucesso por completo da iniciativa, posto que perpetua uma conduta de descumprimento das leis baseando-se na impunidade. Assim, fica claro que, para um bom desempenho da Lei, urge uma atuação do Governo conjuntamente da população, a fim de potencializar os seus efeitos.       Infere-se, portanto, que medidas precisam ser tomadas a fim de tirar o país do ranking dos acidentes no trânsito. Para tanto, cabe ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), por intermédio da mídia, difundir as informações necessárias acerca do regulamento, bem como o nível do teor proibido, custo das multas e as consequências de dirigir alcoolizado, através de vídeos interativos onlines e patrocínios de propaganda em canais abertos. Além, cabe ao Ministério dos Transportes promover palestras esclarecedoras para os indivíduos presos por embriaguez no volante, visando à coibição da reincidência desses. Destarte, ver-se-á um cenário diferente do vigente, em que a segurança no trânsito será assegurada e suscitada por todos os brasileiros.