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Enviada em: 02/11/2018

No início do século XX, com o modelo de produção fordista, aumentou o número de veículos nas cidades, aumentando também o número de acidentes nos trânsitos, sobretudos os causados pela direção alcoolizada. Para conter o problema, nesse período, o Poder Legislativo americano proibiu a venda de bebidas alcoólicas. No brasil do século XXI, essa problemática só encontrou mudanças a partir de 2008, mas que carece de medidas que ajude a superar de vez essa realidade.      A princípio, é de conhecimento geral que a Lei 11.705/2008 foi, certamente, um marco na história da sociedade brasileira. A partir dela foi tipificado como crime dirigir embriagado, fato que até os anos 2000 não era visto com tanto rigor, e só foi mudar em 2008, no ano de sua adoção, quando os acidentes de trânsito ocasionados pelo binômio álcool e direção somavam 30% do total. O sucesso da Lei Seca é indiscutível, tanto para a população em geral, que viu o número de acidentes nas rodovias reduzirem vertiginosamente, quanto para o Estado, que pôde reduzir os gastos com as manutenções das rodovias e atendimento hospitalar, podendo, dessa forma, investir em outros setores da sociedade, como educação, por exemplo.      No entanto, mesmo tendo em vista que a sociedade brasileira evoluiu bastante no que diz respeito à reeducação na direção, ainda existem problemas que dificultam o sucesso completo da lei vigente, tal como o expressivo número de propagandas de bebidas alcoólicas, que induzem as pessoas ao consumo inconsciente, principalmente os jovens, que por não possuírem, na maioria das vezes, um senso crítico desenvolvido, são mais suscetíveis à manipulação das propagandas. Além disso, a falta de conscientização faz com que a população tente driblar as fiscalizações, como mudar o caminho da trajetória em se tratando de blitz como instrumento de fiscalização.      Dessa forma, fica evidente as benécias da Lei, assim como os empecilhos que impedem seu melhor aproveitamento. Por conseguinte, a fim de de otimiza-la, baseado no pensamento liberal do filósofo John Locke, de que, "onde não há lei, não há liberdade", pode ser discutido a criação de uma emenda constitucional que diminua a quantidade de propagandas de bebidas alcoólicas, principalmente no espaço televisivo, objetivando a diminuição da alienação populacional. Por fim, mensagens de conscientização também deveram ser transmitidas pelos meios de comunicação governamentais, como programa de rádio "Hora do Brasil" e cartilhas educacionais a serem distribuídas para a população. Assim, a Lei Seca poderá ser aproveitada ao máximo e a sociedade brasileira se livrará do estigmático consumo irracional de bebidas alcoólicas no trânsito.