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Enviada em: 22/10/2017

O período da Lei Seca nos EUA foi marcado pela intensa restrição ao consumo de álcool, e foi sumariamente burlada pela população, até que a medida foi revertida pelos governantes. Diferentemente da situação dos americanos, a Lei Seca no Brasil apresenta resultados impactantes ao reduzir o número de acidentados em hospitais públicos e propagação da utilização de meios de transporte alternativos.    Primordialmente, cabe-se analisar os efeitos da referida lei na redução do impacto na rede pública de saúde. Em dissonância com o que ocorre em Singapura, onde a qualidade da saúde pública foi um dos pilares do desenvolvimento do país, o Brasil apresenta frágil infraestrutura médica pública, que fica sobrecarregada com acidentados em épocas festivas. Portanto, ao promover a direção consciente e diminuir o número de acidentes, a Lei Seca desafogou os hospitais públicos e promoveu melhora no atendimento à população.    Ademais, urge a necessidade de verificar-se a consequência desta medida em relação ao aumento dos meios de transporte alternativos. A empresa americana Lyft inovou ao deixar que usuários ofereçam caronas, à preços módicos, para outros usuários. Desta forma, ao inibir a direção de motoristas alcoolizados, tal lei propicia a aumento de meios de transportes seguros e alternativos, promovendo uma segunda fonte de renda aos motoristas e locomoção segura aos usuários.    Em suma, são notórios os impactos da Lei Seca nos âmbitos da saúde e transporte. O Ministério da Saúde deve promover a realização de mutirões de médicos e enfermeiros, durante feriados nacionais, aptos a receber os acidentados, para amplificar os benefícios trazidos pela lei ao sistema público de saúde. O Ministério da Cultura deve agir por meio do Instituto Brasileiro de Museus ao forjar parcerias com ONGs, para fazer campanhas de alcance nacional que promova o consumo consciente e a utilização de outros meios de locomoção na volta para casa, com o objetivo de garantir a segurança da população.