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Enviada em: 01/11/2017

Acidentes. Fraturas. Mortes. Cenas como essas, causadas, grande parte das vezes pela associação de álcool e direção, são cotidianas no trânsito brasileiro. Nesse contexto, o Governo Federal criou a Lei Seca com o objetivo de diminuir os acidentes de trânsito. Porém, mesmo que tenha apresentado efeitos positivos, a lei supracitada muitas vezes é ignorada por motoristas inconscientes e, dessa forma, precisa da participação dos estados e da sociedade.   Aponta-se, a princípio, o avanço que a Lei Seca gerou nas ruas do país. Isso porque o número de vítimas de acidentes caiu de maneira expressiva, como pode ser visto no trânsito carioca, em que, segundo o ISP-RJ, a taxa de acidentados reduziu 27% em junho de 2013. Além disso, segundo o DATA-SUS, a média nacional de vítimas fatais teve um déficit de 6,2%, também em junho de 2013. Logo, percebe-se que o Estado cumpriu seu papel de gestor coletivo e deu um passo enorme no combate à imprudência no volante.   Entretanto, mesmo com os avanços acima destacados, muitos motoristas se apoiam na deficiência de fiscalização e na tecnologia para ignorar a lei. Isso é devido à esporádica e reduzida ação das Blitz policiais, que por não abranger com eficiência as ruas brasileiras, abre brechas para motoristas que abusam do álcool e depois dirigem em pleno ato de impunidade. Igualmente, muitos infratores usam aplicativos de celular que mostram os lugares onde ocorrem a fiscalização e apresentam rotas alternativas, acentuando o problema.    Portanto, a Lei Seca foi uma ação eficiente para reduzir acidentes de trânsito, mas, para atingir o ideal, intervenções de outras ordens são necessárias. Logo, o Ministério da Educação deve promover palestras nas escolas sobre os riscos de dirigir embriagado para formar futuros condutores conscientes. Outrossim, as Secretarias de Segurança estaduais devem ampliar os investimentos para ampliar a cobertura de fiscalização e, por conseguinte, estancar as ocorrências de direção alcooliza alcoolizada.