Materiais:
Enviada em: 02/11/2017

Com a ascensão de Juscelino Kubitschek, um ambicioso plano de metas prometia a industrialização a curto prazo, assim como a abertura econômica brasileira. Nesse cenário, a entrada de automóveis no Brasil como bens de consumo cresceu exponencialmente. No entanto, desde então o governo não  tomou como prioridade a fiscalização das estradas, tendo como "efeito colateral" o aumento do número de acidentes e mortes nas rodovias, seja pela negligência ao volante pela mistura direção e bebida, seja pela falta de tornar a lei seca parte da conjuntura nacional.      É indubitável que a combinação entre bebida e direção é mortal nas ruas e estradas do país. Sendo assim, a lei seca foi implantada no Brasil em 2008, com a finalidade de reduzir o número de vítimas de acidentes fatais e atendimentos hospitalares, tendo em vista que 30% destes são causados por condutores alcoolizados. Portanto, a proibição absoluta do consumo antes de dirigir e a existência de diversos pontos de fiscalização espalhados pelo país tornaram menores a tentativa de bular o sistema.       Há, entretanto, um papel que a sociedade deve cumprir ao tornar uma lei parte da conjuntura nacional. De acordo com Thomas Hobbes, " a intervenção estatal é necessária, como forma de proteger os cidadãos de maneira eficaz". Ao seguir essa linha pensamento, esse papel se refere à transformação de comportamentos culturais para consciência coletiva, algo que não foi prioridade no Governo J.K., uma  vez que a lei não é apenas uma obrigação legal, mas sim um dever moral.      É necessário, portanto, promover a formação moral do cidadão brasileiro através da legitimação da lei. Para tal, o Estado deve buscar parcerias com ONGs  e implantar um programa de reeducação social para infratores, como opção a multas. Além disso, deve aumentar a frota de transporte coletivos no período noturno somado a uma maior fiscalização da propaganda de bebidas alcoólicas, expondo no  rótulo de cada produto os perigos da combinação beber-dirigir. Assim, o plano de metas poderá se transformar em um legado de mudanças econômicas e culturais.