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Enviada em: 10/08/2018

Muitas questões importantes emergem na sociedade, entre elas o manejo de água no Brasil. A Constituição de 1988 assegurou no artigo 225, um dos direitos indispensáveis aos cidadãos, ter um acesso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Contudo, ainda existem impasses com fatores econômicos que violam a legislação e, assim, ameaçam os recursos hídricos.         Em primeiro lugar, durante o período da colonização brasileira, o escrivão Pero Vaz de Caminha relatava a corte portuguesa sobre a quantidade de água existente no Brasil. Com isso, os portugueses perceberam o grande potencial nas terras brasileiras e, logo, iniciaram a exploração. Dessa forma, as conquistas aumentaram e, mais tarde a agricultura tornou-se lucrativa no país, porém esse setor utiliza cerca de 72% de água, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), para a irrigação de lavouras. Assim, com esse grande volume de água gasto para a produção de alimentos, nem todos os locais usufruem desse recurso essencial a todos.        Outrossim, o direito universal á água era almejado em “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, romance modernista que retrata a vida miserável de uma família de sertanejos obrigada a se deslocar para áreas menos castigadas pela seca. Nesse sentido, a desigualdade na obtenção desse bem hídrico é prejudicada devido ao individualismo da sociedade moderna. Em face disso, o sociólogo Zygmunt Bauman defende que vivemos em uma sociedade de consumo e, o indivíduo não leva em consideração a desigualdade planetária bem como a finitude dos recursos. Diante desse impasse, com a influência das propagandas de produtos industriais, os quais necessitam de muita água para fabricação, a demanda e o consumismo consequentemente aumentam.         É preciso, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de existir um bom manejo da água. O Ministério do Meio Ambiente, deve fiscalizar as atividades que demandam maior volume de água, por meio de engenheiros ambientais propor formas para que ela não seja desperdiçada, também a criação de canais de rios para haver a distribuição adequada. Cabe a esse mesmo órgão, alertar e orientar sobre o uso consciente, por intermédio da mídia, com propagandas educacionais, promovendo hábitos bons de consumo e atitudes menos individualistas. Com essas iniciativas, seriam atenuados problemas com desequilíbrio ambiental.