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Enviada em: 17/08/2018

O grande filme consagrado com Oscar, Mad Max, retrata um futuro distópico em um cenário apocalíptico, após uma guerra nuclear na Terra. Desse modo, a água torna-se um recurso tão raro que poucos possuem acesso e os humanos sofrem com sua falta. Fora do meio cinematográfico, hodiernamente, a crise hídrica também é uma veracidade no Brasil. Sendo assim, cabe ações para mitigar essa realidade, bem como questionar a utilização exacerbada do recurso por empresas agrícolas e a má administração por parte do governo .   A priori, o País tem enfrentado a pior estiagem dos últimos anos. Em 2014, por exemplo, o Sudeste foi bastante afetado e os níveis de vários reservatórios chegaram a uma situação crítica. Todavia, a ocorrência dessa crise dá-se, principalmente, pelo desperdício e pela utilização inadequada da agropecuária. Isso se comprova a partir de dados do Ministério do Meio Ambiente: a agricultura utiliza a maior parte do recurso, sendo 70% desse setor destinado à irrigação. Ademais, não há investimentos específicos em pesquisas acadêmicas, por parte da ineficiência da gestão pública, que possam criar sistemas que atendam a toda sociedade. Desse modo, esse aproveitamento incongruente do agronegócio em consonância com a inaptidão do Estado só acarreta esse cenário.   Outrossim, consoante à afirmação do físico Isaac Newton que para toda ação existe uma reação, torna-se nítida a comparação com os próprios agentes causadores que são afetados pela crise. Soma-se ainda, como consequência, o fornecimento de energia elétrica com impactos na economia, visto que atividades pecuárias, agrícolas, energéticas e industriais requerem uma grande quantidade de água para a atividade de seus processos produtivos. Dessa forma, com a falta houve uma alta dos preços e uma ameaça de crise nesses setores. Lamentavelmente, muitas regiões sofreram com a paralisação do abastecimento e a população pagava um valor abusivo para o fornecimento de caminhões pipa.   Vê-se, portanto, que, diante de tais embates, urge uma solução para a preservação desse recurso inestimável à vida humana. É imprescindível que o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Justiça, intensifique a aplicação de multas ao uso inapropriado e ao desperdício de água. Além disso, cabe ao Ministério da Agricultura e Pecuária a implantação de medidas de cunho sustentável, como métodos econômicos de irrigação do solo, para a redução do uso, também por intermédio de incentivos fiscais, beneficiar empresas e cidadãos que reduziram seu consumo. Por fim, deve conscientizar a população para o uso responsável, por meio de campanhas em meios midiáticos, palestras em escolas e ações sociais junto a sociedade. A junção dessas medidas garantirá o suprimento para as próximas gerações e o futuro distópico de Mad Max, não se torne realidade.