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Enviada em: 30/08/2018

Segundo a 1ª Lei de Newton – inércia –, um corpo tende a continuar em movimento até que uma força contrária atue sobre ele, analogamente a escassez de água no país tende a persistir. Sob essa ótica, existe, sim, uma problemática relacionada à seca no Brasil, a qual se agrava ainda mais no nordeste, sendo que essa possui um viés geográfico e outro cultural. Necessitando, assim, de alternativas que minimizem esse problema.     Graciliano Ramos, por meio da literatura modernista, já denunciava a seca no nordeste brasileiro. Devido às montanhas no litoral do sertão, o ar úmido do mar não chega a parte interior daquela região, ocasionando, desse modo, a seca. Além disso, a pouca água que tem por lá é cerceada pelos grandes latifundiários, os quais exigem voto em troca do recurso hídrico que só será liberado após a vitória política deles. O que denota uma intervenção por parte do Estado.     O problema, porém, não se resume a isso, tendo em vista que a falta de água também está atingindo os grandes centros nacionais. O desperdício demasiado de recursos hídricos está diretamente ligado à cultura de muitos brasileiros que não o valorizam como deviam e, assim, acabam demorando demais no banho e deixando torneiras abertas, diferente do que fazem os nordestinos. Aliado a esse contexto cultural tem-se a poluição, a qual possibilita as enchentes impedindo que a água escoe para o lugar correto. Platão já dizia, “o importante não é viver, mas viver bem”, o contrário do que ocorre devido a essas práticas.     Torna-se evidente, portanto, a problemática relacionada a falta de água no Brasil, a qual precisa de alternativas viáveis. Primeiramente, o Ministério do Planejamento, com o apoio do Ministério das Cidades, deve criar políticas públicas que diminuam as disparidades em relação ao acesso a água no nordeste. Como a construção de cisternas que captam água da chuva ou a longo prazo a transposição do Rio São Francisco, porém fiscalizando a fim de evitar o cerceamento. Ademais, o Ministério da Educação precisa educar o cidadão desde a infância, por meio de palestras que conscientizem a todos em relação as consequências que o desperdício e a poluição podem causar. Com o objetivo de que uma força aja contra esse problema que tende a persistir no país.