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Enviada em: 04/10/2018

A busca de água extra terrestre faz parte de várias cenas da ficção científica. Certamente, porque a água é a substância primordial para que a vida se desenvolva e permaneça no planeta Terra. Felizmente, o Brasil é o segundo país com maior quantidade de água doce do planeta. Todavia, essa abundância não isenta a nação de sofrer com a escassez de água, seja pela negligência governamental na aplicação das leis, seja pela falta de investimento nos estados isolados do Brasil, fazendo com que alguns lugares nacionais sejam parecidos com os filmes de ficção.      A princípio, é importante entender que a ineficácia da implantação de Políticas Públicas para combater a seca no país está entre as causas do problema. Segundo o Artigo 24 da Constituição Federal, quando houver conflito de interesse econômico e ambiental, o ambiental deve prevalecer. Entretanto, no Brasil, esse direito é violado, pois a água é fornecida primeiramente para atividades econômicas como a agropecuária, indústria de base e extrativista, enquanto o uso doméstico fica em segundo plano. Dessa forma, o descumprimento da lei leva à desigualdade de acesso à água e propicia à sede nos cidadãos mesmo morando num país com enorme quantidade de água.    Ademais, a desleixo Público referente as regiões secas são impulsionadoras desse problema. No livro "Vidas Secas", Graciliano Ramos descreve a dificuldade dos nordestinos na busca por água. Essa denúncia é atual, pois, ainda hoje, muitos nordestinos migram para outros estados, deixando para trás a família, a cultura e sua própria identidade pessoal por não aguentarem a seca no Sertão. Evidencia-se, pois, que o investimento em infraestrutura no nordeste é baixo e prejudica toda a nação, fazendo dos migrantes verdadeiros astronautas na busca por água.     Fica evidente, portanto, que a escassez de água no Brasil requer alternativas legais e econômicas para ser solucionada. Por isso, cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social, juntamente com o Banco Nacional, priorizar a distribuição de verbas para projetos de construção de poços artesianos e cisternas coletivas nas regiões mais vulneráveis, além de oferecer incentivo fiscal às empresas que diminuírem o consumo de água, por meio da aquisição de tecnologias produzidas na Universidades do país. Dessa forma, a escassez de água será apenas uma história literária.