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Enviada em: 23/10/2018

Escrita pelo filósofo Thomas Morus, a obra "Utopia" define a sociedade ideal como lícita, coesa e equitativa. Distante desse ideal, o Brasil enfrenta problemas na questão da água, sobretudo, na disponibilização de forma precária em alguns estados, gerando prejuízos sociais. Além disso, a atividade imprudente das empresas de agronegócio colabora para que o problema perpetue.   Primeiramente, cabe lembrar que a água para algumas filosofias pré-socráticas é a origem de tudo. Nessa perspectiva, para Tales de Mileto, o Nilo era uma dádiva que possibilitou todo desenvolvimento da Mesopotâmia. No entanto, no território brasileiro, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que apenas 73% da população possuem o devido acesso ao recurso. Sob tal ótica, o cenário hostil pode ser expresso no romance Vidas Secas de Graciliano Ramos, que retrata a realidade caótica dos nordestinos durante os períodos mais secos do sertão. Logo, o país demonstra total incapacidade em realizar as normas não só da Legislação Brasileira, que assegura aos cidadãos o direito à água com qualidade, como também fere o princípio da dignidade humana defendida pela Constituição Federal.    Nesse sentido, a irresponsabilidade das empresas- estatais ou privadas -quanto ao uso de fertilizantes ou agrotóxicos em excesso agrava situação. Partindo desse pressuposto, em 2016, a siderúrgica Aperam BioEnergia, por exemplo, que produz eucalipto para carvão, enterrou defensivos tóxicos próximo a uma nascente de rio no alto Jequitinhonha, que após análise foi constatada a contaminação. Os resultados, por subsequência, foi o aumento gradativo de conflitos, da comunidade local, por água. De acordo com o sociólogo Marx "cada geração cultiva em sí o germes para própria deterioração "; analogamente, a poluição dos corpos hídricos atua como "germes" e as consequências desse processo como "deterioração". Visto que, a maior parte das atividades humanas dependem, direta ou indiretamente, da água, e por isso deve ser preservada.  O panorama geral da questão da água no Brasil, portanto, reflete a implementação de medidas. Destarte, faz-se necessária a atuação do Ministério da Educação, por meio da criação de projetos de pesquisas em nível superior, no intuito do desenvolvimento de tecnologias avançadas, que possam descobrir melhores formas para distribuição de água nas cidades, em consoante à pesquisas Estatísticas para evidenciar as melhoras. Ademais, outra iniciativa plausível, seria o reforço das leis pelo Congresso Nacional, seja em aplicação de juros pesados para empresas que prejudicam corpos d'água, seja na obrigação por essas de promover políticas ambientais para recuperar a região afetada. Desse modo, poder-se-á criar um legado de que Thomas Morus pudesse se orgulhar.