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Enviada em: 05/08/2019

A problemática que envolve a escassez de água não se limita mais apenas ao nordeste brasileiro. Fenômenos climáticos mundiais, como o "el niño", têm provocado períodos de estiagem no sudeste brasileiro, obrigando milhões de cidadãos a aprender a conviver cem um ambiente de intensa crise hídrica. Objetivando combater a seca que assola o sertão nordestino, o governo federal atuando em conjunto com os estados e municípios lançou projetos como o transporte em caminhão-pipa para as cidades afetadas, bem assim financiando obras faraônicas, tal qual a transposição do rio São Francisco. Nesse ínterim, observando o exemplo do nordeste, o sudeste poderia desenvolver políticas semelhantes, mormente no que concerne ao projeto de transposição, eis que, banhado por rios perenes, seria completamente viável a abertura de canais para levar água às cidades mais prejudicadas pela escassez. Ademais, vale chamar a atenção para o fato de que a atividade industrial é responsável por um consumo de água superior à utilizada pela população. Ou seja, em um espaço que convive com a escassez desse recurso, a atividade econômica no setor secundário não deve ser incentivada e, caso possível, até mesmo reduzida. Dessa forma, considerando que a região sudeste possui um forte desenvolvimento industrial, é imperioso sejam remanejadas filiais para áreas não afetadas, como também se evite a abertura de novas em cidades com crise hídrica. O Brasil é um país demasiadamente abastado em recursos hídricos. Assim, pese existam regiões com escassez de água, como o nordeste e mais atualmente o sudeste, projetos governamentais, como a transposição de rios, associados à movimentação de associações empresariais do setor secundário para evitar a abertura de indústrias em regiões afetadas, se mostram como sendo estratégias viáveis para combater a problemática brasileira da escassez de água potável própria para consumo.