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Enviada em: 11/06/2017

Canos e Desmatamento: a falta de água começa aqui   O Brasil passou a viver, a partir de 2014, os primeiros grandes focos daquilo que pode ser a maior crise hídrica de sua história. O que já era comum no semiárido nordestino, surpreendeu negativamente a região Sudeste e problemas como o desperdício e, além disso, o desmatamento de florestas, como a Amazônica, podem agravar ainda mais a situação. Nesse contexto, são necessárias alternativas para que o restante do Brasil, assim como os nordestinos, aprenda a superar ou conviver com a escassez.   Segundo dados de pesquisas feitas pela ONG Trata Brasil, de toda água tratada em 23% das grandes cidades brasileiras, mais da metade é perdida antes de chegar às torneiras das residências ou empresas e outra grande parte pelo consumo desenfreado. Em São Paulo, que passou a pouco tempo pela pior crise hídrica de sua história, mais de 30% da água tratada é perdida, em sua maioria, por vazamentos. Na prática, a cada mil litros, cerca de 314 litros são perdidos, segundo a Sabesp. Dessa forma, o volume de água perdido por desperdício, tanto em vazamentos, como por falta de educação da população é preocupante.   Um tanto longe da capital paulista, mas com efeitos em várias regiões do Brasil, o desmatamento da floresta Amazônica acontece a todo vapor e está intimamente ligado à escassez de chuva. Só a Amazônia transpira, diariamente, 20 bilhões de toneladas de vapor de água para a atmosfera, volume superior à vazão do rio Amazonas. Toda essa umidade forma os "rios voadores" que são levados, com o vento, para outras regiões do País, irrigando plantações e enchendo reservatórios de água. Ao desmatar a Amazônia, eventos como os episódios de seca vividos no Sudeste serão cada vez mais frequentes.   Assim, de acordo com os aspectos mencionados, é necessário que a Agência Nacional de Águas elabore um projeto de nível nacional que vise mapear vazamentos no sistema de abastecimento para que esses sejam resolvidos e, assim, essa água não seja mais desperdiçada. O Ministério da Educação deve distribuir cartilhas que ensinem hábitos para economizar água, assim como incentivar projetos que visem elaborar sistemas de capitação domiciliares que sejam acessíveis para toda a população. Organizações globais como o Greenpeace devem fazer campanhas na internet que mostrem que o desmatamento das florestas está intimamente ligado a falta de água para que a sociedade fique ciente e lute pela preservação das florestas brasileiras. Sendo assim, a escassez de água, não se tornaria um problema permanente, e sim, apenas uma fase.