Enviada em: 18/06/2017

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que as reservas de água doce no mundo estão sendo reduzidas paulatinamente desde o início do século XXI. No Brasil, esse quadro não é diferente, embora haja grande disponibilidade de água em algumas regiões, como a Amazônica. A escassez de água no país é provocada pela falta de consciência da população, falta de investimentos e pelas alterações climáticas mundiais.     O desperdício concorre para a escassez de água no país. Banhos demorados, lavagem de calçadas com mangueira e escovar os dentes com a torneira aberta são atitudes arraigadas na cultura brasileira , as quais têm como consequência o esgotamento acelerado das reservas de água. Pesquisa do Ministério das Cidades demonstrou que o combate ao desperdício é fundamental para a manutenção dos reservatórios de água.       Por outro lado, o Brasil não investe o suficiente em construção de novos reservatórios de água. Em razão da urbanização, a população cresceu e se concentrou nas cidades, sem, no entanto, ter havido o investimento necessário para suprir essas pessoas de água, o que concorreu para falta de água em algumas regiões do país.          Ademais, fenômenos climáticos recentes como o El Nino e a La Nina contribuem para a redução das chuvas em determinadas regiões do Brasil. O primeiro deixa o Nordeste mais seco e o Sudeste chuvoso. Já o segundo, entretanto, concorre para chuvas no Nordeste e seca no Sudeste. Tais fatos, portanto, alteram a dinâmica populacional dessas regiões, pois afetam agricultura, pecuária e a distribuição de água.        Face ao exposto, mudanças de postura são necessárias para combater o desperdício e aumentar os reservatórios de água. Sugere-se que o Ministério das Cidades realize campanha televisiva conscientizando a população sobre a questão do desperdício de água. Além disso, o Ministério da Infraestrutura deverá construir novos reservatórios de água em regiões com grande contingente populacional, a fim de garantir a todos os cidadãos o acesso à água.