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Enviada em: 20/07/2017

Fonte de vida e composto primordial de todas as células, a água, mesmo sendo o maior bem do planeta Terra, é hoje, vítima de uma cultura do desperdício num país agraciado por boa parte das reservas de água doce no mundo. Essa problemática é decorrente do uso irracional da água pelos seres humanos e a falta de medidas governamentais buscando a proteção e o melhor uso desse bem.     É necessário compreender, em um primeiro momento, que o mau uso da água pelos homens ameaça sua disponibilidade em escala global. Cerca de 12% das águas doces estão no Brasil e, infelizmente, ao invés da população em geral zelar por esse bem tão precioso, insistimos em tratar a água como sendo uma fonte inesgotável. O uso irracional dela em ambientes domésticos e o desperdício em indústrias, plantações, no comércio e na pecuária e a poluição em rios e ambientes urbanos intensifica sua escassez ainda mais. Essa configuração faz com que as reservas de água diminuam dia após dia e mesmo assim, intervenções são quase que inexistentes, por isso é necessário uma mudança por parte da população. Confúcio descreve bem essa ideia quando afirma: “Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros”.     Outra questão relevante nesse debate é o fato de que governos federais, estaduais e municipais poupam-se de buscar mecanismos para o melhor aproveitamento da água. As florestas da Amazônia, além de possuírem fenômenos como os “rios voadores”, são grandes reguladoras do clima, e o intenso desmatamento nesta área, e em várias outras, como a mata atlântica, compromete o ciclo natural da água, causando desequilíbrios ambientais. Os governos, ao invés de fiscalizarem e condenarem praticantes do desmatamento, se tornam meros espectadores desse desastre ambiental. Além disso, é necessário dar enfoque quanto à coleta, distribuição e qualidade da água, visto que regiões como o sertão nordestino, a chegada desse bem é precária e tardia. A falta hídrica no Brasil comprometerá também setores econômicos como a agricultura, ocasionando um aumento no preço de diversos produtos alimentícios.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, o MEC deve instituir palestras e debates em escolas, objetivando conscientizar alunos a respeito da importância da água em nossas vidas e de como é possível evitar o esgotamento desse bem. O governo, por sua vez, além de implantar projetos de preservação ambiental, deve fiscalizar a distribuição da água para que ela seja feita de maneira igualitária. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente deverá impor uma quantidade limite de água para ser usado na agropecuária e em indústrias, impondo também o reaproveitamento da mesma. Com essa configuração, pode-se almejar um futuro em que a água seja vista como a principal fonte de vida e algo a se preservar por todos.