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Enviada em: 06/08/2017

Na obra "Vidas Secas", Graciliano Ramos retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. Fora do mundo literário, os problemas decorrentes da falta de água é uma realidade que permanece intrínseca a nossa sociedade, fazendo-se necessária a tomada de medidas que atenue esse impasse.     O mau uso, é, certamente, o fator que mais colabora para a permanência do problema, isso pode ser evidenciado, por exemplo, no desaparecimento do Mar de Aral, na Ásia Central, por ocasião da utilização inadequada desse recurso hídrico na agricultura. Ademais, o filósofo Jeam-Paul Sartre, afirmou que todo tipo de violência, independente de como ela se manifeste, é sempre uma derrota. Dessa forma, nossa realidade estigmática pode ser inserida nesse pensamento, haja vista que o desequilíbrio ecológico, resultante do uso irracional dos recursos ambientais, acometem principalmente os organismos que dependem delas para viver.    No entanto, mesmo tendo em vista essa conjuntura nefasta, o problema continua longe de ser resolvido, pois ainda não há uma política de conscientização por parte do governo para conter o uso irresponsável da água. Além disso, a fiscalização deficiente colabora para que cada vez mais se polua os recursos hídricos, como pelo uso indevido das usinas termoelétricas e o grande despejo de dejetos em seus leitos, inviabilizando ou dificultando o seu uso.    Por conseguinte, percebe-se que, para superar esse paradigma, é necessário uma mudança radical, tanto social quanto politicamente. Em primeiro lugar, compete a nós mesmos, como agente sociais, baseado no pensamento de Mahatma Gandhi , de que, "devemos nos tornas a mudança que queremos ver", mudar nossa atitude mental referente ao uso desse mineral, utilizando-o de forma racional, objetivando evitar qualquer tipo de penúria. Segundo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Assim sendo, o MEC deverá instituir palestras educativas nas escolas, ministradas por biólogos e cientistas que discutam os métodos e as consequências das diferentes formas de se usar a água, com o fito de conscientizar a nova geração e evitar novos problemas. Por fim, pode ser discutido a criação de uma emenda constitucional que torne lei a fiscalização do modo de utilização da hidrosfera, por empresas e populações. Só assim viveremos em um país saudável, respeitando a noção de desenvolvimento sustentável.