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Enviada em: 13/08/2017

As dificuldades vividas na ficção pelo personagem Fabiano em Vidas Secas, romance de Graciliano Ramos, são também compartilhadas por famílias que enfrentam a seca no nordeste brasileiro. Com efeito, devido a problemática da escassez de água ter atingido outras regiões do país, tem-se a mudança no enfoque para causas antes negligenciadas, como o consumismo exagerado e a falta de políticas públicas solucionadoras.       A priori, a crescente padronização do consumo ocasionada pela globalização tem reflexo no desperdício de recursos naturais e acentua a poluição de mananciais no Brasil. Desse modo, a falta de responsabilidade social da população e de saneamento básico adequado, principalmente em regiões favelizadas, proporcionam o descarte irregular de produtos com potencial poluidor em rios e lagos. Além disso, deve-se considerar o papel de modelador cultural da mídia no viés em que fomenta o consumo desinibido e a valorização dos bens materiais, visto que os mesmos utilizam grande quantidade de água.        A posteriori, encontra-se no governo federal a responsabilidade de ministrar recursos financeiros para obras públicas que efetivem a escassez hídrica como a causa primordial, solucionando-a. Por esse prisma, tem-se na transposição do rio São Francisco a solução esperada pela população e economia nordestina. Todavia, devido a ineficiência laboral do estado brasileiro, as obras encontram-se inacabadas, causando prejuízos econômicos e desesperança na população.       Portanto, medidas são necessária para resolver a escassez hídrica no país. Expressa na frase a ideia de Nelson Mandela, onde a educação é a melhor arma para promover a transformação, deve o ministério da educação adicionar na grade curricular escolar palestras e aulas que construam a longo prazo na sociedade a responsabilidade social perante o meio ambiente e o consumismo. Além disso, devem os órgãos fiscalizadores atuarem na fiscalização de obras públicas com finalidade de coibir irregularidades e atrasos.