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Enviada em: 20/08/2017

Já afirmava Claude Lévi-Strauss: "O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele", nessa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo, a existência tecnológica em contrapartida, ao seu não uso. Desde os Impérios da Antiguidade os recursos naturais foram usados como se fossem ilimitados. Dessa forma, surge a problemática da escassez de água, persistindo, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela lenta mudança na mentalidade social, seja pelo desamparo estatal.       É indubitável que o pouco auxílio governamental seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para Aristóteles a política por intermédio da justiça deveria corroborar para a harmonia social e individual. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que, o governo não disponibiliza verbas suficientes para iniciações científicas que possam ajudar a minimizar o efeito da escassez de água. Não obstante, casos que seriam revolvidos facilmente com o uso de desvios dos cursos de rios, ou implantação de barragens subterrâneas, se agravam.        Outrossim, a lenta mudança na mentalidade social atrela-se ao paradoxo. Para Durkheim o fato social é um acontecimento coercivo, generalizado e que se repete ao longo dos anos. Nesse contexto, a ideologia arcaica de outrora, se faz presente nos dias atuais, tendo como base uma comunidade leiga, que desperdiça sem pensar na sustentabilidade do planeta. Todavia, água se torna cada vez mais escassa, em lugares que não existia, como também em locais que ocorria em abundância.        Infere-se, portanto a necessidade de mudanças governamentais e socais. O Poder Executivo deve investir mais em educação, visando com isso o auxílio científico tecnológico capaz de auxiliar ao fim da problemática. Concomitantemente palestras em escolas e espaços públicos devem ser ministradas, tendo como o objetivo a conscientização da população sobre o consumo sustentável. Desse modo, paulatinamente, o fato social terá seu fim, vigorando o equilíbrio aristotélico.